Rangel garante que derrota nas europeias não terá consequências no Governo
“A pressão está do lado do PS, o PS é que está preocupado", afirma o cabeça de lista da Aliança Portugal.
Em Famalicão, depois de um encontro com jovens, Paulo Rangel reagia assim, quando confrontado pelos jornalistas, com as declarações deste domingo de Freitas do Amaral, ao Diário de Notícias, considerando estas eleições europeias “um plebiscito ao Governo”. Nuno Melo, número quatro da lista, indicado pelo CDS, foi mais duro para o fundador do seu partido. “Vejo Freitas do Amaral a pedir plebiscitos ao PSD e ao CDS. Não pediu é um plebiscito a si próprio”, afirmou.
Paulo Rangel foi ainda questionado sobre a insistência dos candidatos da Aliança Portugal em colocar José Sócrates no discurso de campanha para umas eleições europeias. “Foram as políticas de Sócrates que obrigaram a pedir um resgate. O PS diz que tem orgulho no seu legado”, afirmou, lembrando que foram os socialistas que “trouxeram Sócrates para a campanha” e não a Aliança Portugal. Rangel insistiu que o discurso da coligação está relacionado com as eleições de 25 de Maio através da política de intervenção europeia. "Temos de dar um sinal de que não queremos ser intervencionados", justificou.
Já sobre a hipótese de a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, ter condições para suceder a Passos Coelho no PSD, lançada pelo ex-líder do partido Marques Mendes, Paulo Rangel não quis comentar. Marques Mendes é o convidado do jantar deste domingo em Barcelos. “Ele vem como militante minhoto”, justificou.