Partido no Governo com grande vantagem na Hungria

O FIdesz, de Viktor Órban, deverá obter confortavelmente uma maioria. Há sondagens que lhe dão mais de 50% dos votos.

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O partido de Viktor Órban deverá conseguir assim confortavelmente mais de metade dos lugares de eurodeputados húngaros Bernadett Szabo/REUTERS

O partido de Viktor Órban, líder do Fidesz, deverá conseguir assim confortavelmente mais de metade dos lugares de eurodeputados húngaros. Muito distantes surgem o partido de extrema-direita Jobbik, que poderá mesmo ficar em segundo lugar, e o Partido Socialista.

Nas legislativas, apenas uma aliança entre vários partidos de esquerda conseguiu 25% e assim fez com que o Jobbik, com 21%, não ficasse em segundo lugar. Desta vez, analistas esperam que a relação se inverta e que o Jobbik surja como a segunda força política do país. As últimas sondagens dão 17% ao Jobbik e 14 aos socialistas.

A deriva autoritária de Órban já teve reparos da Comissão e Parlamento Europeus, mas o Fidesz continua imparável na Hungria. Isto apesar da aprovação pelo PE de um relatório do eurodeputado português Rui Tavares dizendo que as reformas constitucionais “põe em risco a democracia”, falando da necessidade do Governo respeitar a independência do poder judiciário e a garantir a liberdade de expressão, a liberdade dos media, a liberdade de culto religioso, o direito de propriedade e os direitos das minorias. A Comissão Europeia admitiu “problemas sistemáticos” de violação das regras pelas quais se regem as democracias europeias.

Para consumo interno, Órban está a levar a campanha com base numa oposição à União Europeia: “A nossa mensagem para Bruxelas: respeitem os húngaros!”

Já o Jobbik diz que o seu objectivo é elevar os ordenados húngaros pata níveis da União Europeia, e acabar com a corrupção associada ao dinheiro vindo de Bruxelas.

O desencanto com a União Europeia é ainda mais especial num país que há dez anos estava muito entusiasmado com a adesão. Ainda assim, a maioria dos húngaros quer-se manter na União Europeia – o que levou o Jobbik a desistir da ideia de referendar a manutenção da Hungria na UE. “Perceberam que nem os seus próprios eleitores são necessariamente a favor de sair da União Europeia”, disse o analista Tamas Lanczi da Fundação Szazadveg.

O líder do partido Socialista sublinhou quanto do investimento publico na Hungria é feito com dinheiro da União Europeia: 97%. Defendeu que o interesse húngaro na União Europeia poderia ser mais bem defendido, embora também tivesse críticas a Bruxelas pela burocracia excessiva e lentidão.

A percentagem de inquiridos nas sondagens que diz que irão votar é de cerca de 40%. Nas legislativas, a participação foi de 60%.

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