Rangel partilhou o palco com “Os craques” de Vieira do Minho

Futebolistas infantis acabados de se sagrar campeões regionais juntaram-se à festa popular onde o cabeça de lista da Aliança Portugal apelou ao voto contra “o pesadelo socialista”.

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Paulo Rangel, em campanha Miguel Nogueira

Falou-se pouco de Europa e mais na necessidade de “distinguir” entre a lista dos partidos do governo e o “pesadelo socialista”.

Depois de um périplo longo pelo Minho, com passagem em quase todos os concelhos, Paulo Rangel, Nuno Melo e José Manuel Fernandes chegaram mais de uma hora atrasados à festa marcada para o parque florestal de Vieira do Minho. Antes da chegada dos candidatos, o palco já tinha sido invadido pelo plantel da escola de futebol “Os craques”, sediada na vila, e que acabar de juntar o título de infantis da Associação de Futebol de Braga aos dois títulos de “escolas” conquistados nos anos anteriores.

“Ganhámos hoje de manhã, já fomos almoçar com o presidente da câmara e ele convidou-nos para vir aqui festejar mais um bocadinho”, conta ao PÚBLICO Miguel Costa, o treinador dos jovens futebolistas. Foi o autarca local, António Cardoso Barbosa, eleito nas últimas Autárquicas também numa coligação PSD-CDS, quem chamou “Os craques” ao palco, para um aplauso colectivo e o discurso da praxe, lembrando o subsídio anual da câmara à escola de futebol que permite manter a modalidade em funcionamento.

Quando começaram os discursos políticos Jota, Lixa, Lucas e os outros colegas brincavam no insuflável colorido colocado ao lado do porco no espeto. A fila para comer sandes não deu sinais de acalmar, mesmo quando o cabeça de lista da Aliança Portugal, Paulo Rangel, subiu finalmente ao palco. O eurodeputado falou pouco de Europa e apontou sobretudo baterias ao PS e apelou ao voto na coligação como forma de “afastar o pesadelo socialista do despesismo e da bancarrota”.

A bancarrota, o antes e o depois
Paulo Rangel defende que as eleições do dia 25 são a oportunidade de Portugal dar um sinal de que “distinguir aqueles que nos puseram na bancarrota dos que nos tiraram da bancarrota”. “Durante três anos todos fizemos muitos sacrifícios”, sublinha o candidato ao Parlamento Europeu, reconhecendo que durante o mandato do actual governo aumentou o desemprego, houver cortes de salários e pensões e regressou em força a emigração. Foi “um período muito difícil”, que foi preciso para “salvar o país”.

Rangel apontou depois os sinais positivos a que o governo tem dado destaque nas últimas semanas, para concluir que “os sacrifícios que os portugueses fizeram valeram a pena”. A frase foi o mote para voltar a lembrar o PS e a necessidade de “não voltar atrás”. Para isso, defendeu que o caminho é “não votar nos socialistas que nos arruinaram”, mas na coligação Aliança Portugal.

O discurso foi curto e recebido com pouco entusiasmo pelas cerca de 100 pessoas presentes no parque florestal de Vieira do Minho. A vila está pouco habituada a estas andanças, como recordava o líder da concelhia local do PSD no seu discurso: “É raro uma campanha nacional passar por aqui”. “Para nós todas as terras contam”, respondeu, pouco depois, Paulo Rangel. Mas a presença de dois minhotos em lugar elegível na lista da coligação (Nuno Melo e José Manuel Fernandes) também terá ajudado.   
 

   

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