Tem 31 anos e é, no autoproclamado governo de Donetsk, governador. Tinha sido preso em Março por “atentado à integridade territorial” mas foi trocado na quarta-feira por três membros das forças especiais ucranianas que tinham sido capturados pelos separatistas. Putin saudou a sua libertação. Pugilista amador e dono de uma agência de publicidade, tornou-se porta-voz dos separatistas depois da destituição, em Fevereiro, do regime do Presidente ucraniano Viktor Ianukovitch. Militou no Partido Socialista Progressista da Ucrânia, uma formação nascida nos anos 1990 cujo principal programa é a rejeição da Europa, dos Estados Unidos e do Fundo Monetário Internacional, e a união com a Rússia.
Denis Pushilin
Tem 33 anos e é o co-presidente da autoproclamada República Popular de Donetsk. Diz ser membro do partido My Maïemo Metu (MMM, Nós Temos um Objectivo), herdeiro do esquema de pirâmide financeira MMM criada pelo russo Serguei Mavodi, que passou anos na prisão por fraude (foi depois libertado e relançou as suas actividades na Rússia e noutros antigos territórios da URSS). Nos anos 2000 foi o responsável pela distribuição de chocolate no grupo Dolce Vita a que está ligado um deputado pró-Rússia, Boris Klesnikov. Na biografia que distribuiu em Novembro do ano passado dizia estar desempregado e pertencer ao grupo paramilitar Oplot. Afirmou que ia “tirar olhos e partir pernas” aos pró-ocidentais.
Valeri Bolotov
É o “governador popular” de Lugansk e um dos comandantes do “exército do sudoeste”. Tem 43 anos e é um antigo paraquedista que combateu na Arménia e na república separatista de Nagorno-Karaback. Estudou engenharia e economia. Num vídeo divulgado no início de Maio declara a “mobilização geral dos homens de Lugansk”. “Vamos defender a nossa terra dos ocupantes neonazis. O nosso objectivo é Kiev”.
Viatcheslav Ponomarev
Tem 49 anos e é o autoproclamado presidente da câmara de Slaviansk. Foi o homem que pediu a Putin soldados e armas e prometeu “exterminar” os que estejam contra ele. Diz que as presidenciais de 25 de Maio não se vão realizar nem que tenha que “prender toda a gente”. Foram os seus homens que raptaram, durante uma semana, os inspectores militares da OSCE. Faltam-lhe dois dedos na mão esquerda e gosta de contar episódios do tempo que passou nas operações especiais.
Igor Strelkov
Também conhecido por Igor Guirkine, tem 43 anos e é o comandante das milícias separatistas de Slaviansk. De acordo com os serviços de segurança ucranianos, nasceu em Moscovo e é coronel dos serviços secretos russos. Esteve implicado no rapto dos inspectores da OSCE. Numa entrevista ao jornal russo Komsomolskia Pravda, disse que não pretende ficar em Donetsk. “Vamos libertar a Ucrânia dos fascistas”, disse, acrescentando que vão ser bem sucedidos pois a comunidade internacional “não vai começar a terceira guerra mundial” por causa de um país em “diluição”. Explicou que as milícias sob o seu comando são compostas por “dois terços de ucranianos com experiência de combate na Tchetchénia, Ásia Central, Iraque e Jugoslávia”. ?