Vitória sem brilho sobre o Benfica fecha época amarga do FC Porto

Resultado (2-1) foi construído ainda na primeira parte, com um penálti para cada lado.

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Reyes e Funes Mori Miguel Vidal/Reuters
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Jardel e Jackson Martínez nas alturas Miguel Vidal/Reuters
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Enzo Pérez e Mikel Miguel Vidal/Reuters
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Ivan Cavaleiro Miguel Riopa/AFP
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Danilo e Ricardo festejam Miguel Vidal/Reuters

O 160.º clássico entre FC Porto e Benfica não teve o impacto que se pensava que teria no início da época. O Benfica já entrou no estádio do Dragão como campeão e sem grande parte do seu elenco principal, em virtude da final da Liga Europa (14 de Maio), enquanto do lado do FC Porto, em terceiro lugar e a fazer uma “época de pesadelo”, a motivação era um bem escasso.

Ainda assim, foram mesmo os “dragões” que começaram melhor. E muito melhor. Logo aos 2’, um arranque sensacional de Danilo anunciou a entrada de uma equipa cheia de gás, à procura de um pouco de redenção. Ricardo aproveitou-se das sobras do remate de Quaresma, fez a bola passar bastante perto da baliza e foi protagonista do primeiro remate com perigo da partida.

A aproveitar o bom momento da equipa, o FC Porto foi para a frente. Danilo deu a bola para Ricardo, que conseguiu girar à entrada da área e rematar ao canto esquerdo da baliza “encarnada”. Sem hipóteses de chegar à bola, Paulo Lopes assistiu à explosão dos adeptos da casa.

Quanto mais a equipa crescia no jogo, mais as claques “azuis e brancas” entoavam o nome do clube. O clímax chegou no minuto 9 quando, após um cruzamento de trivela de Danilo, Jackson Martínez rematou de calcanhar e protagonizou um dos momentos de maior frisson da partida.

A pressão do FC Porto, e a festa dos adeptos, só esfriou aos 23’, quando Diego Reyes fez uma falta sobre Salvio dentro da grande área, foi punido com um amarelo e ofereceu de bandeja a primeira oportunidade de golo ao Benfica, que dispunha de uma grande penalidade sem nada de relevante ter feito no ataque até então. Com toda a sua experiência, Enzo Pérez não perdeu a oportunidade, bateu colocado ao canto esquerdo e igualou o marcador em pleno Dragão.

Com o empate, veio o equilíbrio. Ricardo, que substituiu Varela no “onze” inicial, mostrou habilidade ao desmontar a lateral esquerda da formação de Jorge Jesus (30’), a cargo de André Almeida. Já no minuto seguinte, foi a vez de Salvio tirar a bola a Alex Sandro e servir Funes Mori, que fechou a jogada com um remate desastrado por cima da baliza.

No momento em que o Benfica parecia estar a inverter a tendência do jogo, um novo penálti voltava a mudar o rumo dos acontecimentos. Rui Costa assinalou uma falta de André Almeida sobre Jackson no interior da área e o colombiano assumiu a responsabilidade de bater o penálti. Acertou no ângulo esquerdo de Paulo Lopes e elevou para 20 o total de golos no campeonato, confirmando um estatuto que o dia de hoje só deverá confirmar: o de melhor marcador da Liga 2013-14.

No início da segunda parte, o Benfica entrou mais atrevido e a circular melhor a bola. E o relógio marcava apenas 47’ quando surgiu o lance de maior perigo do segundo tempo: numa evidente falha de comunicação entre Maicon e Fabiano, Djuricic intrometeu-se e rematou à trave. Funes Mori ainda tentou a recarga, mas não acertou bem na bola.

De então em diante, pouco mais se viu do que alguns bons apontamentos de Djuricic, muito equilíbrio a meio-campo e uma boa oportunidade para Quintero ampliar a vantagem, já perto do final. Nessa altura, já tinha entrado no Benfica o sueco Lindelof para, juntamente com João Cancelo, Steven Vitória e Bernardo Silva, também ele se sagrar campeão nacional.

O FC Porto parecia satisfeito com o 2-1, a vitória possível sobre o Benfica possível para fechar o campeonato no terceiro lugar, a 13 pontos de distância do rival. Texto editado por Nuno Sousa

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