Treze cidades portuguesas falham limites de poluição do ar

Estudo global da Organização Mundial de Saúde identifica a Índia com o país com mais cidades com elevada poluição.

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Poluição nas cidades preocupa a Organização Mundial de Saúde Helder Olino

A OMS recomenda que a concentração de pequenas partículas, com até 10 milésimos de milímetros de diâmetro e conhecidas pela sigla PM10, não ultrapasse 20 microgramas por metro cúbico de ar, numa média anual.

Duas das cidades portuguesas incluídas numa base de dados global da OMS – Braga e Vila Franca de Xira – estão mesmo sobre o limite. Todas as outras 13 estão acima: Seixal, Paredes, Valongo, Porto, Matosinhos, Funchal, Lisboa, Almada, Vila Nova de Gaia, Setúbal, Barreiro, Faro e Amadora. Os valores variam entre 21 microgramas por metro cúbico na Amadora a 39 no Seixal, segundo os dados da OMS, referentes a 2011.

Para partículas muito finas, de até 2,5 milésimos de milímetro de diâmetro (PM2,5), há dez cidades portuguesas com valores acima do limite médio anual de 10 microgramas por metro cúbico e cinco dentro da fronteira considerada segura (Faro, Amadora, Braga, Vila Franca de Xira e Porto).

As cidades europeias estão entre as que têm menores níveis de poluição na base de dados da OMS. No total, está compilada informação sobre 1600 cidades de 91 países. A Índia sobressai-se: das 124 zonas urbanas com dados, 11 tem um nível de PM10 acima de 200 microgramas por metro cúbico e 49 estão acima de 100. A China, cuja poluição é normalmente mais mediatizada, tem 23 cidades, em 112, com mais de 100 microgramas por metro cúbico e nenhuma com mais de 200.

Das 15 cidades com maiores níveis de PM2,5, dez estão na Índia. A mais poluída de toda a lista é Nova Deli. Em lugar de topo estão também três cidades do Paquistão (Karachi, Peshawar e Rawalpindi), uma no Irão (Khoramabad) e uma no Qatar (Doha).

Segundo a OMS, a poluição do ar matou 3,7 milhões de pessoas em 2012, sobretudo com mais de 60 anos.

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