A condenação foi o desfecho de uma investigação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) que, em 2009, culminou na detenção de 15 arguidos. O grupo – indiciado pelos crimes de tráfico de pessoas, associação de auxílio à emigração ilegal e lenocínio – recrutava mulheres de origem sul-americana para serem exploradas sexualmente em dois estabelecimentos diversão nocturna e alterne, um em Santo Tirso e outro em Famalicão, ambos encerrados há cinco anos.

Os condenados a penas de prisão efectivas foram o cabecilha do grupo, o gestor e a cidadã sul-americana que fazia o recrutamento das mulheres. Quanto aos restantes 12 arguidos, três deles foram absolvidos e os restantes nove condenados a penas de prisão suspensas entre os cinco e os 14 meses.

No decorrer da investigação do SEF, em 2009, foram identificadas cerca de quatro dezenas de cidadãs estrangeiras e três portuguesas ligadas aos bares. Onze delas acabaram por ser detidas por permanência ilegal em território nacional e uma por desobediência à ordem de expulsão do país. Entre os arguidos contava-se um funcionário bancário que colaborou no branqueamento de capitais provenientes da prática criminosa.