Coreia do Norte dispara fogo real perto da fronteira disputada com o Sul
Nos últimos anos, incidentes nesta área provocaram dezenas de mortos do Sul e do Norte.
São os segundos exercícios deste género em menos de um mês: a 31 de Março, Pyongyang disparou mais de 500 projécteis perto da chamada Linha de Limite do Norte, a fronteira marítima que é cenário de dezenas de incidentes desde o cessar-fogo que terminou com conflito entre os dois países sem que a paz alguma vez tenha sido declarada.
No fim de Março, o Sul respondeu e os dois países trocaram disparos de artilharia, o que levou os habitantes de duas ilhas a refugiram-se nos abrigos. Seul enviou ainda aviões de combate F-15 para a zona, antecipando novos incidentes e acusou a Coreia do Norte de “estar a tentar criar uma situação de crise, ao elevar a tensão na fronteira marítima”.<_o3a_p>
Os exercícios desta terça-feira voltaram a ser realizados junto às ilhas sul-coreanas de Yeonpyeong e Baengnyeong. Nos últimos anos, incidentes nesta área provocaram dezenas de mortos do Sul e do Norte.<_o3a_p>
Na véspera dos disparos de Março, a Coreia do Norte tinha levantado a possibilidade de realizar novos testes fundamentais. Desta vez, é a Coreia do Sul que afirmou, há dias, ter detectado uma actividade intensa nas principais instalações do programa nuclear norte-coreano, o que Seul diz sugerir que está em preparação o quarto ensaio atómico do regime de Kim Jong-un – depois dos que foram realizados em 2006, 2009 e 2013.<_o3a_p>
A semana passada, Seul afirmou que o programa nuclear norte-coreano chegou a um ponto onde a realização de ensaios é possível “quando quiserem”. A resolução 1718 do Conselho de Segurança da ONU, aprovada em Outubro de 2006, depois do primeiro teste, proíbe a Coreia do Norte de realizar testes nucleares ou de mísseis.<_o3a_p>
Entretanto, o Presidente norte-americano, Barack Obama, fez um périplo pela Ásia passando pela Coreia do Sul, uma visita que o Governo norte-coreano classificou de gesto perigoso, capaz de provocar uma escalada de tensão na península coreana e “uma nuvem de sombra na corrida ao armamento nuclear”.