Grupo Espírito Santo propõe recondução de Salgado à frente do ESFG até 2020

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Ricardo Salgado avançou que um dos objectivos é ver como estão as instituições financeiras Foto: Enric Vives-Rubio

Para além de controlar mais de 73,6% da BESPAR, que, por seu turno, possui 35,5% do BES, o ESFG tem uma posição relevante na Companhia de Seguros Tranquilidade.

As informações constam da convocatória da assembleia geral do ESFG, a decorrer a 30 de Maio, no Luxemburgo, e que foi esta terça-feira à tarde publicada no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A proposta de eleição da nova gestão do grupo até 2020 prevê a recondução à frente (como não executivo) do ESFG de Ricardo Salgado, um sinal de que a família pretende transmitir ao mercado uma imagem de confiança. Isto, depois de um ano “horribilis” para o Grupo Espírito Santo (GES) que assistiu a um diferendo na praça pública, com troca de acusações, entre as figuras de maior visibilidade da família: Salgado e José Maria Ricciardi (que deverá também continuar por mais seis anos na ESFG). Salgado está ainda mandatado para ficar à frente do BES até 2015.

Para além do conflito familiar, o GES tem enfrentado, nos últimos meses, um quadro financeiro delicado que foi objecto de várias auditorias ordenadas pelo Banco de Portugal a sociedades do seu perímetro, nomeadamente, para avaliar o grau de exposição do BES à holding Rioforte (que agrega os interesses não financeiros do GES e, por não ser cotada, não está sujeita a escrutínio).

Na sequência das inspecções, a ESFG teve de constituir uma provisão de 700 milhões de euros para enfrentar riscos potenciais que possam surgir na área não bancária do GES. Uma almofada de segurança para garantir que, por exemplo, os clientes e os accionistas do BES não serão afectados por falhas detectadas em empresas não financeiras. Em 2013, o BES apurou um prejuízo de  517,6 milhões de euros e contabilizou imparidades de crédito no valor de 1422,8 milhões de euros.

Da lista da administração do ESFG proposta para o mandato seguinte constam, para além de Salgado, os nomes de José Maria Ricciardi (presidente do BESI) de José Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva, António Ricciardi, Jackson Gilbert, Patrick Monteiro de Barros e Philippe Guiral. Mas de onde vão sair Manuel Fernando Moniz Galvão Espírito Santo Silva (que continuará a presidir ao sector não financeiro do GES, a holding Rio Forte], Carlos Augusto Machado de Almeida Freitas, Aníbal da Costa Reis Oliveira e José Pedro Torres Garcia Caldeira da Silva.

 


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