CEIIA abre até Junho Centro de Engenharia Aeronáutica, onde já se trabalha para a Embraer

Nova unidade está quase pronta e ali trabalharão numa primeira fase 220 pessoas, a maioria engenheiros.

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Investimento global no novo centro chegará aos 37 milhões de euros Fernando Veludo/NFactos

O edifício, um investimento de 17 milhões de euros  – que chegará aos 37 milhões com todas as despesas necessárias para a capacitação técnológica do centro – está praticamente pronto. Dentro de duas semanas deve ser entregue ao CEIIA pelo construtor, a DST, dois meses depois do prazo anunciado há um ano, no início dos trabalhos, mas sem derrapagens nos custos, segundo o responsável pela obra e pelo projecto de arquitectura, Paulo Sanchez, que esta terça-feira guiou uma comitiva da Câmara de Matosinhos às instalações.

Totalmente brancas, e com grandes planos envidraçados, estas estão divididas em três áreas. No edifício principal, todo o rés-do-chão e uma parte do primeiro andar – onde está a ser montado um auditório de realidade virtual com capacidade para cem pessoas, para validação virtual de protótipos – poderão ter um uso público. São espaços amplos onde, para além de iniciativas do CEIIA, outras entidades poderão organizar eventos. Para lá destes espaços, o acesso será reservado às várias salas, quase todas com vista para o mar, onde mais de 220 pessoas, de várias áreas da engenharia, para além da aeronáutica, passarão a trabalhar já este ano.

A terceira componente da unidade situado a poucos metros da Estrada da Circunvalação, é o hangar, junto do qual há mais salas para desenvolvimento de projectos, uma das quais já em actividade desde Dezembro passado. O CEIIA já tem algumas dezenas de pessoas nesta área a trabalhar ainda nas sua sede na Maia, no TecMaia. Algumas unidades funcionais ali instaladas vão ser transferidas para Matosinhos, e outras serão colocadas na nova unidade ao longo dos próximos meses. Para lá das 220 pessoas a admitir numa primeira fase, a administração do CEIIA admite que, no limite, nos dez mil metros quadrados deste centro poderão trabalhar até 350 engenheiros.

O CEIIA está a fazer a prototipagem e os testes de três peças do no novo avião militar da Embraer, o KC-390, em cooperação com as OGMA (Oficinas Gerais de Material Aeronáutico), que as fabricará e a Empresa de Engenharia Aeronáutica, que gere esta parceria com o grupo brasileiro. No novo centro de Matosinhos continuarão a ser desenvolvidos o leme de profundidade, o sponson e o elevador do trem de aterragem e uma parte da fuselagem da aeronave.

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