Buscas do voo MH370 estão num "momento crucial"
Área onde um mini-submarino está a procurar destroços do avião foi restrita a um círculo com dez quilómetros de diâmetro.
O avião desapareceu a 8 de Março, com 239 pessoas a bordo, afastando-se da sua rota e seguindo até uma zona remota do Oceano Índico, onde se terá despenhado.
Neste momento, um mini-submarino não tripulado da Marinha norte-americana está a ser utilizado para vasculhar o fundo do mar, numa área mais restrita, com 10 quilómetros de diâmetro, onde foram captados possíveis sinais da caixa negra do avião. O submersível está a trabalhar a profundidades superiores a 4000 metros.
As buscas submarinas ocorrem num momento em que as caixas negras já não estarão a emitir sinais, pois as suas baterias duram apenas cerca de um mês.
Se a meteorologia e o próprio equipamento ajudarem, este trabalho, nesta área específica, deverá estar concluído dentro de uma semana, possivelmente antes. “Restringir a área de buscas hoje e amanhã representa um momento crucial”, disse o ministro dos Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein, numa conferência de imprensa. “Apelo a todos, em todo o mundo, para rezarem, rezarem muito para que encontremos algo sobre o que trabalhar nos próximos dias”, acrescentou o ministro.
O destino do voo MH370 da Malaysian Airlines transformou-se num mistério sem precedentes na história da aviação. Até agora, quase um mês e meio depois, não se sabe o que aconteceu, por quê é que o avião mudou a sua rota, quem estava aos comandos e onde exactamente é que a aeronave caiu. Apesar do recurso à mais moderna tecnologia civil e militar, de dezenas de aviões e navios, de sonares, radares e satélites, não foi recuperado um único fragmento do Boeing 777 desaparecido.
Além das buscas submarinas, prosseguem os trabalhos por ar e à superfície do mar. Este sábado, estão envolvidos 11 aviões e 12 navios, que estão a vasculhar uma área de 50.200 quilómetros quadrados, mais da metade de Portugal continental.