Forças ucranianas matam três atacantes pró-russos

Mariupol, um porto com 450 mil habitantes, é a segunda cidade da região de Donetsk, o centro dos recentes motins separatistas.

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Kiev lançou uma operação para tentar recuperar as zonas ocupadas por separatistas Gleb Garanich/Reuters

Este ataque, na noite de quarta para quinta-feira, acontece poucas horas depois de combatentes pró-russos terem conseguido capturar seis blindados ao Exército ucraniano, com ordens para recuperar as zonas sob controlo de apoiantes de Moscovo.

Desta vez, uns 300 homens atacaram a base da guarda nacional, disparando e lançando cocktails Molotov, mas os guardas ripostaram, apoiados pelo resto das forças do Ministério do Interior ucraniano na cidade.

Segundo o ministro, Arsen Avakov, 63 atacantes foram capturados. As forças ucranianas confiscaram armas e “telefones de operadores russos” aos atacantes. Unidades das forças especiais continuam esta quinta-feira de manhã à procura dos homens em fuga.

Este é o ataque mais mortífero desde o início das acções separatistas nas regiões russófonas da Ucrânia, há dez dias.

Mariupol, um porto com 450 mil habitantes, é a segunda cidade da região de Donetsk, o centro dos recentes motins de grupos pró-russos, que tomaram edifícios governamentais e quartéis da polícia numa dezena de cidades do Leste. Há dez dias que manifestantes ocupam a sede da administração local de Donetsk, onde içaram a bandeira russa e declararam a “república de Donetsk”.

Foi na terça-feira, após mais de uma semana de sublevações, que o novo governo de Kiev lançou uma “operação antiterrorista de larga escala" contra os separatistas. Desde então, trocas de tiros entre as forças especiais ucranianas e os grupos pró-russos já provocaram mortes dos dois lados.

As autoridades ucranianas dizem que nos ataques estão envolvidas forças especiais russas vindas da península da Crimeia, anexada pela Rússia o mês passado, mas Moscovo desmente. "As afirmações das autoridades ucranianas sobre a implicação de forças especiais russas nos acontecimentos do Leste do país parecem paranóia", disse esta quinta-feira o ministro russo da Defesa, Sergueï Choïgou.

O anúncio do assalto impedido contra a base de Mariupol surge horas antes do início de uma reunião em Genebra que vai juntar os chefes da diplomacia da Rússia, da Ucrânia, dos Estados Unidos e da União Europeia e onde estes tentarão pôr em marcha um recuo na escalada da crise ucraniana.

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