Vinte mil funcionários públicos podem beneficiar do aumento do salário mínimo
Sindicato da UGT defende aumento da remuneração mínima.
O número de trabalhadores do Estado a receber a remuneração mínima foi avançado na terça-feira pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap) que acrescenta que em causa estão funcionários da área da Educação, Saúde, autarquias, alguns dos que foram admitidos a partir de 1 de Janeiro de 2009 e os que não reuniram condições para progredir na carreira e não saíram dos níveis equivalentes ao salário mínimo.
Num comunicado divulgado à comunicação social, o Sintap lembra que o aumento do salário mínimo “é também uma medida essencial para promover a dignidade dos trabalhadores que há cerca de uma década não mudam de posição remuneratória devido à política de congelamento seguida pelos diversos governos, bem como pela aplicação das quotas do Sistema de Avaliação de Desempenho”.
No fim-de-semana passado, o primeiro-ministro voltou a dizer que estava disponível para discutir o aumento do salário mínimo, no âmbito de um acordo mais alargado.
O tema será colocado pelas centrais sindicais na agenda da reunião desta quarta-feira com Pedro Passos Coelho, em que será discutida a saída do actual programa da troika.
No sector privado, e de acordo com o Inquérito aos Ganhos publicado pelo Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia, 11,7% dos trabalhadores por conta de outrem a tempo completo, recebiam o salário mínimo em Abril de 2013. Tomando com referência os 3,2 milhões de trabalhadores que no segundo trimestre de 2013 estavam nessa situação (dados do Instituto Nacional de Estatística), o SMN abrangia um pouco mais de 377 mil trabalhadores.
Notícia corrigida: Altera o número de trabalhadores do sector privado a receber o salário mínimo.