Obras na Ribeira das Naus prontas nas "próximas semanas"
Há cerca de um ano, a Câmara de Lisboa começou a primeira fase das obras.
"Estamos a desenvolver um projecto para um museu dos Descobrimentos na Avenida Ribeira das Naus desenhado para contar a odisseia das descobertas portuguesas. É uma parceria que estamos a desenvolver com a Marinha e a Universidade Nova", disse Manuel Salgado à margem na conferência "O Papel de Turismo na Regeneração dos Bairros Tradicionais de Lisboa", no âmbito da Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa.
Sem poder ainda dar mais pormenores sobre este museu - que foi defendido pela candidatura socialista mas também pela social-democrata nas últimas eleições autárquicas, em Setembro de 2013 -, o vereador do Urbanismo disse à agência Lusa esperar que as obras da segunda fase de reabilitação da Avenida Ribeira das Naus estejam concluídas "nas próximas semanas".
Há cerca de um ano, a Câmara de Lisboa inaugurou a primeira fase das obras na frente ribeirinha daquela avenida, entre o Terreiro do Paço e o Cais do Sodré, que incluíram o avanço da margem sobre o rio, a criação de um pequeno espaço verde e de uma pequena praia.
Na altura, fonte da autarquia indicou que a segunda fase da intervenção na Ribeira das Naus estaria pronta no verão passado. Estas obras incidem sobre a requalificação do parque de estacionamento das instalações centrais da Marinha, que se situam naquela avenida.
"No local onde hoje está instalado o gradeamento das instalações da Marinha Portuguesa será possível passear no jardim, ver a doca Seca (agora enterrada), onde eram recuperadas as naus das descobertas, e reencontrar o antigo Cais da Caldeirinha e as estruturas do Palácio Corte Real e será recriada uma praia existente antes do terramoto, com uma escadaria até à água", resume uma nota publicada no site oficial da autarquia.
As obras na Ribeira das Naus representam um investimento total de 10 milhões de euros, dos quais 6,5 milhões provêm do Quadro de Referência Estratégico Nacional.
Na conferência, Manuel Salgado defendeu uma reabilitação do Museu Nacional de Arte Antiga, criticando os acessos ao equipamento, e recordou que a autarquia continua a estudar uma localização para a Feira Popular.