Trabalhos para repor protecção da piscina da Praia Grande devem acabar esta quarta-feira
A forte agitação marítima dos últimos meses provocou diversos danos na costa de Sintra.
"A piscina ficou mais vulnerável, devido à agitação marítima dos últimos meses, e tivemos de pegar em duas máquinas para repor as pedras afastadas para os lados", explicou Paulo Amorim.
O proprietário acrescentou que a força das ondas "começou a escavar" sob a estrutura do equipamento, obrigando "a injectar um camião de betão por baixo da piscina".
Paulo Amorim adiantou que a estrutura da piscina resistiu à forte agitação marítima devido à barreira de protecção e à manutenção do tanque com água. "Se a piscina estivesse vazia, não tinha conseguido resistir", admitiu.
A protecção à piscina de água salgada, com 100 metros de comprimento, é assegurada por blocos em betão de 60 toneladas cada um.
A barreira, formada por vários contentores metálicos cheios de pedras e material betuminoso de secagem rápida, foi instalada em 1989, após a destruição de parte do equipamento pelas ondas.
O mau tempo dos últimos meses afectou a casa das máquinas e os balneários da piscina. Os principais danos registaram-se a 6 de Janeiro, mas Paulo Amorim não tem ainda uma estimativa final dos prejuízos.
Fonte oficial da Capitania do Porto de Cascais confirmou que a Agência Portuguesa de Ambiente autorizou os trabalhos para "a reposição no sítio de pedras arrastadas pela agitação marítima".
O Hotel Arribas situa-se à entrada da Praia Grande, banhado pelo Atlântico. A unidade de 59 quartos, todos com vista sobre o mar, possui uma das maiores piscinas de água salgada da Europa, em funcionamento de Junho a Setembro.
A forte agitação marítima dos últimos três meses provocou estragos no equipamento urbano, estruturas de apoio e num estabelecimento na estrada da frente de mar da Praia Grande. As autoridades cortaram por diversas vezes o acesso rodoviário à praia como medida de segurança.