EUA aprovam sanções e enviam caças F-15 para proteger Estados bálticos

Casa Branca anuncia congelamento de vistos a "responsáveis ou cúmplices de ameaças contra a soberania e a integridade territorial da Ucrânia".

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As sanções incluem o congelamento de vistos Chip Somodevilla/AFP

As medidas, aprovadas através de uma ordem executiva do Presidente dos EUA, Barack Obama, incluem o congelamento de vistos a russos e ucranianos que sejam "responsáveis ou cúmplices de ameaças contra a soberania e a integridade territorial da Ucrânia", avança a Casa Branca.

Para além do congelamento de vistos, Barack Obama assinou uma outra ordem executiva, que abre caminho à imposição de sanções adicionais, que poderão incluir o congelamento de contas nos Estados Unidos e a proibição da realização de negócios entre norte-americanos e russos e ucranianos que os EUA considerem ser responsáveis por violar a soberania da Ucrânia.

"A ordem executiva [do Presidente Barack Obama] é uma ferramenta flexível que nos permitirá aplicar sanções aos que estão mais directamente envolvidos na destabilização da Ucrânia, incluindo a intervenção militar na Crimeia, e não exclui a tomada de outras decisões, se a situação se deteriorar", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, está nesta quinta-feira em Roma, onde se encontrou pela segunda vez com o ministro dos Negócios Estrangeiros. No final do breve encontro, Serguei Lavrov disse que não há ainda um acordo entre os dois países sobre a crise na Ucrânia.

Ao mesmo tempo que a Casa Branca anunciava a aplicação de sanções, seis caças F-15 norte-americanos partiam do Reino Unido em direcção à base da NATO em Siauliai, na Lituânia, para reforçarem as forças da aliança na região. Em declarações à agência AFP, o ministro da Defesa da Lituânia, Juozas Olekas, disse que o envio destes caças pelos Estados Unidos é uma resposta à "agressão da Rússia na Ucrânia e à intensificação da actividade militar russa na região de Kalininegrado", um enclave russo situado entre a Lituânia e a Polónia.

A Marinha norte-americana anunciou entretanto a partida do contratorpedeiro USS Truxtun para o mar Negro, numa missão que descreveu como sendo "de rotina". Equipado com mísseis teleguiados e com uma tripulação de 300 efectivos, o navio vai efectuar "exercícios previamente planeados" com as forças navais da Roménia e Bulgária.

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