Rangel sublinha ausência de Assis do Partido Socialista Europeu
Rangel esteve presente na assinatura do acordo da coligação e criticou o seu adversário socialista nas europeias
"Há um sinal interessante que devemos ver hoje, o sinal de que o cabeça de lista português não foi ao Congresso de Roma do Partido Socialista Europeu. Vai o líder do partido, mas não vai o cabeça de lista", afirmou Paulo Rangel. "Isto é já sinal de uma diferença e é sinal de que não querem estar no coração da política europeia", defendeu. O cabeça de lista da coligação "Aliança Portugal" (PSD/CDS-PP) falava na assinatura do acordo entre os dois partidos.
Paulo Rangel afirmou que, pelo contrário, o PSD e o CDS estarão no Congresso do Partido Popular Europeu (PPE), nos dias 5 e 6 de Março, representados pelos líderes, mas também pelos primeiros nomes de ambos os partidos nas listas, ele próprio e Nuno Melo.
"Nós estamos no coração da Europa", disse, afirmando que nesse Congresso procurarão "influenciar a política europeia", fazendo "pedagogia" sobre a situação portuguesa e sensibilizando os seus colegas de família política europeia "sobre o que é preciso fazer para Portugal".
"O PS - é preciso que isto se tenha plenamente consciente nos nossos espíritos -, está isolado na Europa", disse Paulo Rangel, para quem os socialistas portugueses não têm "qualquer capacidade de influenciar a política europeia", porque não têm consigo os seus congéneres franceses, alemães, italianos e do Partido Socialista Europeu, a família europeia socialista. Paulo Rangel afirmou que, no Congresso do Partido Socialista Europeu, que decorre em Roma, o secretário-geral socialista, António José Seguro, irá encontrar-se com o vice-chanceler alemão, que está coligado com Angela Merkel no Governo germânico.
"Pois, se os socialistas na Alemanha, que está numa situação económica fantástica quando comparada com todos os outros, se coligam, em nome do interesse nacional, com o Partido Popular Europeu, da senhora Merkel, como é que António José Seguro e o PS fazem as declarações que fazem em Portugal?", questionou. Rangel reclama para o PSD e o CDS-PP uma "capacidade de diálogo com o Partido Socialista Europeu" que não reconhece aos socialistas portugueses.
Para Paulo Rangel "não basta vir fazer exigências, reclamações e queixas, como faz António José Seguro a propósito da saída de 'troika'" E garantiu: "Bastava ele querer fazer um entendimento com o Governo, que a nossa saída seria bem mais fácil e bem melhor. Se ele quer uma saída melhor tem nas suas mãos as armas para o fazer, venha fazer o que fazem os socialistas europeus, dialogar com o PSD e o CDS, em Portugal."