Richie McCaw; Brian O’Driscoll; John Smith; Martin Johnson; Thierry Dusautoir; George Gregan; Raphael Ibañez; Sean Fitzpatrick; Agustín Pichot; etc, etc.

Estes são apenas alguns dos grandes capitães do râguebi mundial. Jogadores que souberam liderar, com mestria, as suas equipas na conquista de grandes objectivos.

No râguebi, todos sabemos, um capitão é muito mais do que o jogador que escolhe o campo, ou faz os discursos de troca de galhardetes no final do jogo.

É ele que é o responsável máximo pela equipa dentro do campo (no râguebi internacional os treinadores estão a ver o jogo em camarotes, longe do relvado), mas também um grande responsável pelo dia a dia da equipa.

Que características devemos, então, procurar num capitão de equipa?

Em primeiro lugar devemos procurar uma pessoa bem-educada, com um grande respeito e uma enorme paixão pelo jogo e com boa capacidade de liderança!

Esta é a base. O resto vai sendo construído com o tempo.

Porque um bom capitão, como um bom jogador, precisa de tempo para crescer e para ir desenvolvendo características importantes, tais como:

- Conhecimento, ao pormenor, do jogo e das leis do jogo.

- Capacidade de comunicar de forma clara e construtiva.

- Capacidade de ter uma visão e de a transmitir a todos os seus companheiros.

- Criatividade

- Saber ouvir

- Capacidade de resolver problemas.

E, se queremos ter, nas equipas seniores bons capitães de equipa, temos de trabalhar, desde cedo, com jogadores que apresentem potencial para desempenhar essas funções no futuro.

Envolvê-los, progressivamente, em algumas decisões da equipa (de complexidade crescente) é uma boa forma de os treinar na tomada de decisão.

Ter, nas camadas jovens, mais do que um capitão de equipa é, também, muito positivo. Ao trabalharmos com um grupo de três ou quatro capitães, vamos não só alargar o leque de escolhas em equipas futuras, mas também permitir que eles cresçam e aprendam observando-se uns aos outros.

Mas, mais do que tudo, o que distingue os grandes capitães, em qualquer escalão, é a sua humildade que os leva a perceber que estão numa posição de serviço à equipa e que esta vem sempre em primeiro lugar. São, por isso, os primeiros a “fazer sempre mais”, a “nunca desistir” e a assumir como sua a visão dos treinadores e da equipa.

Um grande “homem do leme” leva anos a construir, mas é essencial ao sucesso de uma equipa. Assegurar que qualquer equipa sénior tem várias opções de qualidade para desempenhar essa função, um enorme desafio para todos os treinadores.

Saibamos assumi-lo!