Líder da distrital de Lisboa afirma que PSD nunca meteu a "social-democracia na gaveta"
Miguel Pinto Luz proclama que aquilo que o partido meteu na gaveta foi apenas a "bancarrota".
“O que pusemos na gaveta foi simplesmente a bancarrota. Nunca, por nunca, a social-democracia”, afirmou o dirigente nacional social-democrata na intervenção que fez no XXXV Congresso do PSD, noutra resposta àqueles que acusam o PSD de ter perdido a sua matriz social-democrata.
Miguel Pinto Luz responsabilizou o Estado por ter falhado e por se ter tornado numa das grandes preocupações do país, pelo que defendeu que, “no pós-troika, o Estado tem o dever de servir os portugueses”.
Declarando que “os portugueses têm o direito a ser mais do que simples remediados" e de que "não precisam de esmolas”, o líder da distrital de Lisboa disparou: “O que os portugueses precisam é que o Estado os deixe trabalhar”. “Se para isso for preciso for necessário fazer uma revisão da Constituição, que se faça; se para isso for preciso reformar o estado Social, que se reforme; se para isso for preciso impor um tecto máximo nas pensões que se imponha, porque acima de tudo está Portugal”, frisou o dirigente nacional do PSD.
Já ontem, na abertura da reunião magna do PSD, que decorre até domingo no Coliseu dos Recreios em Lisboa, Miguel Pinto Luz tinha apontado o dedo àqueles que sistematicamente criticam o partido, afirmando ter ouvido dúvidas sobre o PSD. E perguntou: “Por que não estão aqui? O PSD não está na SIC às quartas, na TVI às quintas e na RTP aos sábados. O PSD está aqui”. E terminou dizendo que “o congresso é um espaço onde não há medo das ideias”.