Empregada de limpeza envia arte para o lixo
Numa galeria de arte, em Itália, uma empregada de limpeza, acidentalmente, deitou para o lixo elementos da instalação do artista Paul Branca.
A empregada de limpeza, segundo a BBC, enviou para o lixo alguns componentes da instalação de arte, imaginando que seria lixo ali acumulado por quem havia montado a exposição na véspera, quando na verdade eram elementos que faziam parte integrante da mostra.
Ao que parece, um dos propósitos do artista era que a instalação interagisse directamente com o espaço, existindo por isso realmente o propósito que alguns elementos da exposição parecessem lixo espalhado no chão, naquilo que parecia constituir um convite para os visitantes pensarem questões como o meio ambiente e as paisagens contemporâneas cada vez mais degradadas e poluentes.
O director do espaço pediu publicamente desculpas ao artista, enquanto a firma da empregada de limpeza comunicou que esta se equivocou, apesar de “estar apenas a fazer o seu trabalho”. Os estragos vão agora ser cobertos pelo seguro.
A totalidade da instalação de Paul Branca está avaliada em 15 mil dólares, sendo parcialmente constituída por trabalhos ou peças feitas a partir dos mais diversos materiais, de jornais a cartões, passando por migalhas de biscoitos espalhadas pelo chão.
A história está muito longe de ser virgem. Obras de artistas consagrados como Tracey Emin ou Gustav Metzger também já foram confundidas com lixo em espaços expositivos de arte contemporânea. Um dos casos mais conhecidos aconteceu em 2001, quando uma instalação de um dos artistas vivos mais conhecidos do globo, Damien Hirst, na galeria Eyestorm de Londres, feita a partir de garrafas de cerveja, copos e cinzeiros sujos, foi quase totalmente varrida por uma empregada de limpeza.