Extensão do Museu de Alberto Sampaio em Guimarães abre em Julho

Equipamento construído para a Capital da Cultura de 2012 esteve fechado à espera que Governo pagasse dívida à autarquia.

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Obras terminaram no final de 2012 Manuel Roberto

A obra foi feita pela Câmara de Guimarães, mas era financiada pelo Governo, através da SEC, uma vez que o museu integra a rede nacional na dependência da tutela. Mas o Governo nunca tinha pago a obra e a autarquia recusou-se sempre a entregar a chave do equipamento até que o problema estivesse resolvido. Agora esse impedimento “foi ultrapassado”, informa a Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN). A abertura ao público da extensão do MAS está marcada para 27 de Julho. A primeira exposição estará integrada na segunda edição da bienal de arte têxtil contemporânea de Guimarães, Contextile, que se realiza no Verão na cidade.

Para já, “o acervo permanente manter-se-á nas instalações do MAS”, informa a DRCN. Os constrangimentos financeiros da cultura não permitem investimento para instalar naquele local o acervo de arte sacra do museu vimaranense, como estava previsto. Sem capacidade de contratação de pessoal e de investimento na segurança, a tutela optou por uma solução provisória e, numa primeira fase, o equipamento vai acolher apenas exposições temporárias.

Para a extensão vão começar a ser transferidos os serviços administrativos e de gestão de colecções que vai iniciar-se “a breve prazo”, informa a mesma fonte. Também as reservas do MAS passarão para as novas instalações, situada na Praça de S. Tiago, no coração do centro histórico da cidade. No mesmo local vão também ser colocadas algumas peças da colecção permanente do Paço dos Duques de Bragança, outro espaço gerido pela SEC e cuja gestão foi integrada no MAS pelo actual Governo. A opção permite resolver a dificuldade colocada pelo facto de o palácio, que é residência oficial do Presidente das República no Norte do país, não ter áreas de reservas.

A abertura da extensão do MAS põe fim a um imbróglio que dura há dois anos. O equipamento foi planeado tendo em conta a organização da Capital Europeia da Cultura em Guimarães, em 2012, e as obras de reabilitação do palacete que o acolhe foram terminadas no início desse ano. O edifício recebeu, nesse ano e no seguinte, o festival de artes Noc Noc, organizado por uma associação local no Outono, mas nunca foi entregue à tutela.

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