Apesar de existirem mulheres na liderança de algumas revista no reino saudita, Jabarti tornou-se a primeira a chefiar a redacção de um jornal. No Saudi Gazette era até agora assistente de redacção, mas a sua entrada no jornalismo começou no jornal Arab News, onde trabalhou nove anos.

Jabarti admitiu ao diário Al Arabiya News que tem agora  "o dobro” da responsabilidade perante as outras mulheres. “As minhas acções vão reflectir-se junto das minhas colegas sauditas [nos media do país]", observou, acrescentando que apenas se considerará bem-sucedida quando outras jornalistas “assumirem posições nas quais sejam decisoras”.

A saudita explica que não existe sexismo no Saudi Gazette e que a redacção maioritariamente feminina é justificada com o facto de “existirem mais mulheres interessadas em se tornarem jornalistas e que são jornalistas”. No entanto, os cargos de chefia continuam a ser atribuídos na maioria dos casos a homens, em muito devido às restrições laborais a que as mulheres estão sujeitas no país, como o número de horas de trabalho e a liberdade de movimentação.

O seu antecessor, Khaled Almaeena, citado pelo Al Arabiya News, fala em “momento histórico”. Sublinhando que a nomeação de Jabarti não se deveu ao género, Almaeena disse estar "orgulhoso de passar o seu posto a uma mulher". “Ela mereceu-o”, reforçou.