Avisos de agitação marítima vão manter-se, agora com menos chuva e mais frio

Interdição das praias da Costa da Caparica prolongada até domingo. Tendência é para um desagravamento da agitação e do vento durante a tarde.

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A praia do Furadouro, em Ovar, voltou a sentir a força do mar neste sábado Bárbara Raquel Moreira

A Capitania do Porto de Lisboa decidiu manter a interdição do acesso às praias da Costa da Caparica pelo menos até este domingo, segundo disse à TSF o comandante Cruz Gomes. A tendência será, no entanto, para uma melhoria da parte da tarde, num dia em que as temperaturas mínimas vão baixar e permanecer baixas até terça ou quarta-feira.

A chuva será fraca no domingo, com aguaceiros pouco frequentes na região do litoral oeste, e pode regressar na segunda-feira, começando no Minho e no Douro Litoral antes de se estender a todo o território. Uma melhoria do estado do tempo está prevista para terça-feira, quando já se espera um céu com poucas nuvens.

Na ilha da Madeira, a tendência será neste domingo para uma diminuição da intensidade do vento que, no sábado, com as fortes rajadas a atingirem os 70 quilómetros por hora, provocou quedas de árvores, obrigou à intervenção dos bombeiros para evitar o corte de estradas e levou ao cancelamento de quatro voos. O aviso de agitação marítima para a costa norte da Madeira mantém-se até ao meio-dia deste domingo, passando depois a amarelo, como acontece para o continente nos distritos da costa ocidental a norte do cabo Raso, onde as ondas poderão chegar aos quatro a cinco metros durante a tarde.

Os distritos do litoral, a sul de Lisboa, mantêm o aviso amarelo para todo o dia, não havendo qualquer aviso para os distritos do interior. A chuva e a intensidade do vento deverão abrandar, prevendo-se queda de neve acima dos mil metros nas regiões norte e centro e uma descida significativa das temperaturas mínimas — de quatro ou cinco graus no litoral fustigado pela fúria do mar no sábado.

Ovar, no distrito de Aveiro, foi um dos concelhos mais atingidos. A água chegou às caves e garagens dos prédios mais a sul da Avenida Central da praia do Furadouro e causou estragos também nos passeios e no mobiliário urbano. A prioridade dos bombeiros foi manter as pessoas afastadas da zona costeira.

“Nós queremos é evitar perdas humanas e, para isso, é preciso que as pessoas se mentalizem de que não podem aproximar-se daquela zona”, disse à agência Lusa o comandante dos bombeiros locais, Carlos Borges.

Mais a sul, na Costa da Caparica, em Almada, o mar agitado provocou novamente estragos nas estruturas junto à praia do CDS, particularmente em restaurantes e bares. As ondas galgaram o paredão e chegaram ao parque de estacionamento, que fica por trás dos restaurantes. As autoridades proibiram a circulação a pé no paredão e a interdição prolonga-se pelo menos até este domingo. com Lusa

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