PSD-Lisboa quer travar greves nas horas de ponta
35.º Congresso do maior partido que apoia o Governo decorre entre 21 e 23 de Fevereiro no Coliseu da capital.
No texto, critica-se a opção de sindicatos "por greves limitadas somente a certos períodos do dia, as chamadas 'horas de ponta', conseguindo desta forma perturbar gravemente a prestação do serviço de transporte (em muitos casos impondo a paralisação do mesmo), com efeitos que se repercutem para lá do período da paralisação".<_o3a_p>
"O direito (à greve) é constitucional, mas não é absoluto e ilimitado. Efectivamente este direito deve, quando em colisão com outros direitos fundamentais, e, em determinadas condições, ser submetido a limites externos ao seu exercício", lê-se.<_o3a_p>
Os membros da concelhia social-democrata da capital, liderada por Mauro Xavier, afirmam ser "urgente legislar no sentido de dar uma definição e um conteúdo preciso ao conceito de greve" para permitir a "fixação (dos serviços mínimos) por despacho conjunto do ministro do Trabalho e do ministro responsável pelo sector de actividade, verificados que estiverem os requisitos legalmente fixados, os quais são sindicáveis pelos tribunais comuns".<_o3a_p>
O documento fala também da "possibilidade de se proceder ao aumento do salário mínimo", com "uma actualização de 15 euros para os 500 mensais, a partir de 1 de Outubro de 2014", além da reflexão sobre a redução do IVA no sector da restauração, "com efectividade a partir de Julho de 2014" para "incentivar a economia, gerar mais emprego e aumentar volume de negócio".<_o3a_p>
"Os cidadãos devem ser livres de votar, podendo optar se querem votar onde nasceram, onde moram ou onde trabalham", argumenta-se ainda na moção lisboeta, que preconiza outras alterações à lei eleitoral.<_o3a_p>
Relembrando o sucedido nas últimas eleições autárquicas, perante a impossibilidade de os operadores de televisão seguirem todos os candidatos a mandatos, os militantes do PSD Lisboa não querem "ter umas eleições europeias silenciadas", condenando a "interpretação demasiadamente restritiva da lei" por parte do "regulador da comunicação social".<_o3a_p>
"A lei, tal qual está e tem sido interpretada, é antidemocrática: não permite esclarecimento, nem informação dos cidadãos", concluem, antecipando uma "alteração urgente" da legislação.<_o3a_p>