Igreja dos Clérigos fecha ao público a partir de segunda-feira
O projecto de reabilitação do complexo dos Clérigos está orçado em dois milhões de euros e deve estar concluído até Dezembro.
Se quer matar saudades da Igreja dos Clérigos, e fixar a imagem de como era antes de o seu interior ser limpo e qualificado, tem de aproveitar este fim-de-semana. Caso contrário, o mais provável é que só possa voltar a percorrê-la a partir do dia 12 de Dezembro – a data desejada para a inauguração das obras de reabilitação que vão dotar o complexo de uma nova área de acesso e de um museu na antiga enfermaria, entre a igreja e a torre.
Em comunicado, a Irmandade dos Clérigos realça que a torre “continuará aberta para receber todos os visitantes nacionais e internacionais, durante o período normal de funcionamento, entre as 9h e as 19h” e, ao PÚBLICO, o padre Américo Aguiar, que lidera a Irmandade, afirma: “Queremos ter de novo os namorados a subir à torre, no dia 14 de Fevereiro, e lembramos que as meninas não pagam”.
O padre refere ainda que não está previsto o encerramento da torre durante os meses de obra que se avizinham, excepto por um período muito curto “de dois ou três dias”, mas que ainda será preciso confirmar.
A Irmandade dos Clérigos já procedeu à transferência do seu arquivo documental para a Casa da Prelada, mas as peças artísticas que se encontravam espalhadas pelas partes visíveis e invisíveis do complexo criado pelo arquitecto Nicolau Nasoni estão a ser “recuperadas e devidamente catalogadas por entidades externas, para regressarem ao local original logo que a requalificação dos Clérigos esteja concluída”, explica-se no comunicado.
Ao longo do ano, estão ainda previstas visitas às obras em curso. “O que queremos é que no dia 12 de cada mês possamos ir ver como estão a andar as obras. Dependendo do momento e das condições no interior, estas visitas serão apenas para a comunicação social ou alargadas ao público em geral”, esclarece o padre Américo Aguiar.
O projecto de reabilitação do complexo dos Clérigos está orçado em cerca de dois milhões de euros e conta com a comparticipação de fundos comunitários.