Procura de acções da ES Saúde abaixo da oferta por fraca adesão dos trabalhadores

Ordens de compra do público em geral já superam a oferta em 1,26 vezes.

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IPO da Es saúde é o primeiro do sector em Portugal. Sara Matos

De acordo com informação divulgada pela empresa através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, até segunda-feira os trabalhadores subscreveram apenas 13% das quase 3,3 milhões de acções que lhes poderiam ser atribuídas (ou seja, 420 mil títulos).

Já a  procura de acções reservadas ao público em geral superou a oferta. As ordens dadas até segunda-feira, que já não podem ser anuladas, atingiram perto de 7,7 milhões de acções, quando a oferta disponível é inferior a 6,1 milhões. Neste caso, a procura está 1,26 vezes acima da oferta.

No total das duas componentes, a procura ascendeu a cerca de 8,1 milhões de acções, abaixo da oferta total, que é de 9,4 milhões. Na prática, as ordens cobrem 86% do total dos títulos a alienar no mercado de capitais.

O período da oferta, durante o qual podem ser dadas ordens de compra, decorre até quinta-feira e a sessão especial de bolsa, para apuramento dos resultados desta oferta pública inicial está marcada para a próxima sexta-feira.

O intervalo do preço das acções está fixado entre os 3,20 e 3,90 euros. A oferta da ES Saúde ascende a 46,8 milhões acções e pretende a dispersão de até 49% do capital da sociedade. Uma parte do capital, até 20%, é dirigida a investidores particulares em Portugal.

A Rio Forte, empresa do Grupo Espírito Santo para os activos não financeiros, pretende manter um controlo de, pelo menos, 51% da empresa, que é um dos maiores operadores privados de saúde (com oito hospitais, várias clínicas e residências seniores) e a primeira empresa do sector a pedir a admissão em bolsa.


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