Polícia italiana detém três homens pelo roubo do relicário de João Paulo II

Relíquia continha sangue do antigo Papa, recolhido no dia do atentado em 1981.

Foto
Dia do atentado em 1981 em que o Papa foi atingido pelo turco Ali Agca Reuters

Giovanni D’Ercole, bispo auxiliar da cidade italiana de L’Aquila, anunciou em conferência de imprensa conjunta com a polícia, que a parte da relíquia de João Paulo II que faltava, um pedaço de pano da batina, que ficou manchado de sangue no atentado de 1981, já foi encontrada.

Os detidos são toxicodependentes e têm antecedentes criminais. Recentemente tinham sido presos por outros crimes, nomeadamente pelo assalto num terminal de autocarros após agredirem um funcionário da bilheteira, escreve o jornal Corriere della Sera.

Os dois criminosos que foram presos inicialmente confessaram o furto do relicário e de uma cruz da igreja. No entanto, outra parte continuava desaparecida e a polícia suspeitava que um terceiro homem também teria participado no roubo.

David Mancini, o procurador de Áquila, ordenou um novo interrogatório aos detidos com o intuito de descobrir a parte que faltava do relicário e esta foi encontrada na garagem de dois dos três homens.

O pequeno frasco continha sangue do Papa João Paulo II, recolhido no dia do atentado de que foi alvo na Praça de São Pedro, a 13 de Maio de 1981. Karol Wojtyla foi atingido pelo turco Ali Agca.

O objecto tinha sido oferecido à igreja, de que João Paulo II era visita regular, pelo cardeal polaco Stanislaw Dziwisz, antigo secretário pessoal de Wojtyla, em 2011, e estava guardado desde o atentado na Praça de São Pedro, 20 anos antes.

"Acredito que João Paulo II lhes perdou. Penso que devemos fazer o mesmo", declarou o bispo D'Ercole.

Sugerir correcção
Comentar