Ao PÚBLICO, fonte da direcção do PS referiu que o partido “desconhece as reacções da Comissão Europeia sobre os documentos do Governo relativos aos fundos comunitários (2014-2020) e apenas teve conhecimento da última versão da proposta do Governo no mesmo dia em que foi enviada para Bruxelas”. A mesma fonte assegurou que “nunca houve nenhuma negociação com o Governo sobre fundos comunitários, nem há qualquer trabalho conjunto”.

Esta garantia foi dada depois de o secretário-geral do PSD ter acusado os socialistas de estarem a negociar com o executivo. “Quanto aos fundos comunitários, deixo uma questão muito concreta: é verdade ou é mentira que o PS tem estado a trabalhar com o Governo neste dossier?”, questionou José Matos Rosa, referindo que “esta não é questão de opinião, é uma questão de factos”, noticiou a Lusa.

A pergunta foi lançada numa conferência de imprensa para responder ao membro do secretariado nacional do PS, António Galamba, que acusou o Governo de incapacidade para gerar consensos sobre o próximo quadro comunitário, referindo-se ao relatório apresentado sobre infra-estruturas prioritárias para o país.

Também nesta terça-feira, o PS acusou o executivo de transmitir informação falsa e fazer propaganda eleitoral no seu site oficial ao publicar um texto intitulado “Repartição equitativa dos sacrifícios”, em que são incluídas as renegociações nas PPP e na energia, mas não há referências aos cortes dos funcionários públicos e pensionistas, e à sobretaxa do IRS. O deputado do PS Rui Paulo Figueiredo considerou, citado pela Lusa, que o Governo “tropeça cada vez mais na sua própria propaganda e confunde “o Estado com a actividade político-partidária”. com Leonete Botelho