Secretário de Estado diz que o que se passou no Meco "não é praxe académica"
Para o responsável pelas pastas do Desporto e Juventude, o que levou à morte dos seis estudantes da Universidade Lusófona são "actos ilícitos que devem ser punidos".
A praxe "não é aquilo, nem nunca o foi", afirmou Emídio Guerreiro, também antigo presidente da Associação Académica de Coimbra, sublinhando que o que levou à morte dos seis estudantes da Universidade Lusófona são "actos ilícitos que devem ser punidos".
Emídio Guerreiro falava à margem da apresentação do Projecto 80, na Escola Secundária Infanta Dona Maria, em Coimbra, que irá percorrer 18 escolas do 3.º ciclo e ensino secundário do país, procurando incentivar ao desenvolvimento de projectos na área da sustentabilidade social, económica e ambiental.
O secretário de Estado frisou que os acontecimentos na praia do Meco são "uma questão policial", por haver "quem esteja a incumprir a lei".
Os seis jovens que morreram na praia do Meco faziam parte de um grupo de estudantes universitários que tinham alugado uma casa na zona para passar o fim-de-semana. Segundo as autoridades, uma onda arrastou-os na madrugada de 15 de Dezembro, mas um dos universitários conseguiu sobreviver e dar o alerta. Os corpos dos restantes foram encontrados nos dias que se seguiram.
O Ministério da Educação e Ciência convocou as associações de estudantes do ensino superior para uma reunião, nesta semana, sobre praxes académicas, e a questão irá também ser abordada nas reuniões previstas nas próximas semanas com o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas e com o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos.
O ministério pretende debater com os alunos e as instituições as "melhores formas de prevenir este tipo de situações de extrema gravidade".