Um dia, ouvi alguém dizer que “o Star Wars é um documentário”. De cada vez que vejo programas do canal História, não consigo deixar de me lembrar desta citação.
As visitas de extra-terrestres são um dos temas do momento. Ao que parece, a vida foi “plantada” na Terra por civilizações tecnologicamente avançadas, vindas de outros planetas. Não me parece. Uma rápida leitura de qualquer jornal desportivo chegará para provar que, das duas, uma: ou as civilizações não eram muito avançadas ou eram mas… nunca cá vieram.
Não percebo a admiração em torno dos OVNI’s. Sim senhor, viajar anos-luz até poderá ter a sua piada e requerer tecnologia muito avançada. Mas qualquer reportagem sobre uma concentração “tunning” mostra-nos o que é verdadeiramente difícil: pegar em carros bonitos e, apenas com recurso a “néons”, cores variadas, embaladeiras, escapes não-sei-quê, entre outros artefactos, torná-los carros foleiros. Isso sim. Mais: comunicar entre planetas é básico. Difícil, difícil, é um adepto do “tunning” ligar o sistema de som, a dois quilómetros, e eu ter que aumentar o volume da minha televisão, para poder ouvir melhor o documentário do canal História.
Muitos perguntarão o porquê de nunca termos sido invadidos, se existem tantas civilizações avançadas noutros planetas. Pergunta pouco inteligente. Se são avançadas, sabem que existe o Chuck Norris. Nunca cometeriam a loucura de nos atacar.
Giorgio Tsoulakos é o maior especialista em OVNI’s do canal História. Tenho amigos igualmente fãs deste canal que consideram que qualquer documentário em que ele não apareça não tem qualquer credibilidade. A esta evidência, só acrescento uma questão: por que não fazer um programa que explique a origem do seu penteado?
O "Bigfoot"
O meu segundo tema favorito é, claramente, o do "Bigfoot". Trata-se de um primata de grande porte que, embora tenha desenvolvido o bipedismo, não evoluiu mentalmente. Ou seja, o mesmo que aconteceu a inúmeros políticos, dirigentes desportivos e comentadores das mais variadas especialidades.
É um ser bípede e peludo e que, embora seja corpulento, se assusta com facilidade. Pela descrição, quase poderia ser o Scooby-Doo. Mas o cão fala, pelo que eu, os meus amigos e o Giorgios Tsoulakos o eliminámos da lista dos suspeitos. A ele, ao Bruno Aleixo e ao Raul Meireles.
Outra das características do "Bigfoot" é estar sempre desfocado, nas filmagens. Ainda bem, porque se estivesse focado, podia ser facilmente confundido com um gorila.
Eu acho que o "Bigfoot" ainda não se apresentou ao mundo porque, sempre que o descrevem, no canal História, transmitem a ideia de que ele é muito feio. Isto é "bullying". Os pandas são fofos, mas o "Bigfoot" é feio. Os ursos polares são fofos, o "Bigfoot" é feio. A Manuela Moura Guedes é fofa... humm... esqueçam.
Outro tema recorrente é o das civilizações que, depois de terem atingido o auge, desapareceram. Segundo estes documentários, Portugal pode desaparecer: qualquer sociedade em que haja, com relativa facilidade, acesso a armas de destruição massiva, ou em que a televisão tenha chegado ao ponto que a nossa chegou, ao domingo à tarde, pode estar perto da auto-extinção.
Termino com uma sugestão à malta do canal História: se quiserem chegar a mais espectadores, mudem os vencedores, nos documentários sobre guerras. A malta que vê a “Casa dos Segredos” iria adorar. E não notaria que vocês tinham feito aldrabice. Até porque isto é tudo feito.