Transferência de competências para as juntas concluída até Março, diz António Costa

A Câmara de Lisboa, cerca de 20 juntas de freguesia e um sindicato vão assinar esta quarta-feira acordos tripartidos no âmbito da descentralização.

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O presidente da Câmara de Lisboa na reunião de hoje da Assembleia Municipal Nuno Ferreira Santos

Segundo António Costa, “a generalidade das juntas” já chegou a um acordo com o município quanto ao valor a transferir com vista à assunção dessas competências.

A Lei n.º 56/2012, referente à reorganização administrativa de Lisboa, já definia quais os recursos financeiros a afectar a cada uma das juntas de freguesia, “no primeiro ano do primeiro mandato” após a entrada em vigor da lei, ou seja no ano de 2014. Mas, admite António Costa, foi necessário fazer “acertos” aos montantes aí estabelecidos, devido a alterações entretanto ocorridas, entre as quais a modificação do valor das horas extraordinárias e os cortes nos subsídios de férias e de Natal.

“Com a generalidade das juntas isso está resolvido”, garantiu aos jornalistas o presidente autarquia, que falava à margem da reunião desta terça-feira da Assembleia Municipal de Lisboa. António Costa reconheceu que “há cerca de cinco casos difíceis”, entre os quais os das freguesias de Belém (PSD) e de Santa Maria Maior (PS), “onde há muito espaço público”.     

O autarca adiantou que esta quarta-feira, dia 22 de Janeiro, perto de 20 das 24 juntas de freguesia da cidade vão assinar acordos tripartidos com o município e com o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (Sintap), afecto à UGT.

Em comunicado, o Sintap sublinha que “esse compromisso defende todos os direitos adquiridos para os cerca de 1800 trabalhadores que poderão vir a transitar para os mapas de pessoal das juntas de freguesias”, destacando entre eles as remunerações e suplementos, o vínculo público e o horário de trabalho de 35 horas. O sindicato sublinha ainda ter recebido as garantias de que a esses funcionários não será aplicado o regime de requalificação profissional e de que “nenhum dos serviços em questão será alvo de privatização, concessão ou outsourcing”.

Tanto o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa como o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local, afectos à CGTP, recusaram assinar esses acordos.
 
 

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