Consórcio exige 400 milhões de dólares para concluir obras no canal do Panamá
Negociações entre construtora e gestão do canal continuam sem fumo branco.
O Grupo Unidos pelo Canal (GUPC) — formado ainda pela italiana Impregilo, o grupo belga Jan de Nul e a empresa panamiana Constructora Urbana — havia ameaçado parar as obras a partir de 20 de Janeiro, alegando que está a suportar uma derrapagem na obra de 1600 milhões de dólares (cerca de 1170 milhões de euros).
Para pôr fim ao impasse, responsáveis do consórcio e da Autoridade do Canal do Panamá (ACP), responsável pela gestão, estiveram reunidos à porta fechada na terça-feira. A autoridade propusera injectar 183 milhões de dólares (134 milhões de euros) para assegurar a continuidade da obra, aos quais se juntam 100 milhões de dólares (73,5 milhões de euros) garantidos pelo consórcio liderado pela Sacyr, empresa que detém a Somague.
O GUPC concorda com o financiamento conjunto, mas exige que a ACP coloque em cima da mesa os 400 milhões de dólares, uma proposta que diz ter sido apresentada com o objectivo de encontrar uma solução definitiva, dada a “importância do projecto”.
Com o impasse ainda por resolver, as autoridades do canal do Panamá dizem apenas que as duas partes estão a negociar uma solução para que a partir de 20 de Janeiro as obras não sejam interrompidas. A meta é concluir a ampliação do canal, estratégico para o transporte marítimo de mercadorias entre os oceanos Atlântico e Pacífico, no Verão de 2015.
As propostas de parte a parte foram conhecidas já depois de a ministra espanhola do Fomento, Ana Pastor, passar pela Cidade do Panamá, para reuniões de trabalho com o Presidente do Panamá, Ricardo Matinelli, e responsáveis do consórcio e da ACP.