Schumacher permanece em "estado crítico mas estável"

Amigo do antigo piloto disse que está "fora de perigo" de vida mas porta-voz comentou que toda a informação não-oficial é "pura especulação".

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O pai de Schumacher, Rolf, quando chegava ao hospital, este sábado JEAN-PIERRE CLATOT/AFP

Em comunicado, Sabine Kehm acrescentou que toda a informação não-oficial sobre o estado de Schumacher, em coma induzido num hospital de Grenoble, "é pura especulação".

"Insistimos que toda a informação sobre a sua saúde que não seja fornecida pelos médicos ou direcção do hospital deve ser considerada nula ou pura especulação. Pedimos que respeitem a privacidade da família", reforçou a porta-voz.

O comunicado foi divulgado depois de o antigo piloto de Fórmula 1 Philippe Streiff, amigo do sete vezes campeão do mundo, ter dito à Sky TV que Gérard Saillant, cirurgião e amigo da família Schumacher, lhe afirmou que ele está “fora de perigo” de vida. “Não sou médico, estou a repetir o que Gérard Saillant me disse. Gérard Saillant disse que a situação é grave mas a sua vida já não está em perigo, felizmente."

Schumacher, alemão, 45 anos completados nesta sexta-feira, sofreu no domingo lesões cerebrais quando esquiva na estância de Méribel, nos Alpes franceses. O capacete com que protegia a cabeça partiu-se com o embate numa rocha. Foi já submetido a duas intervenções cirúrgicas.

Uma câmara Go-Pro acoplada ao capacete do ex-piloto – aparelho cuja existência foi apenas revelada na sexta-feira – poderá ajudar a clarificar as circunstâncias, versões diferentes e responsabilidades do acidente. Ignora-se, no entanto, se a descida de Schumacher, que era acompanhado do filho, de 14 anos, e de amigos, estava a ser filmada.

A direcção da estação de esqui disse que antigo piloto esquiava a grande velocidade, “numa zona fora de pista” – informação que é contestada por Sabine Kehm, segundo a qual não ia depressa e que imediatamente antes do acidente teria ajudado um amigo que caíra.  

Segundo a agência France Press, os investigadores tiveram de persuadir a família, que desejaria ficar com a câmara – para proteger a sua privacidade. Mas Sabine Kehm disse que foi “entregue voluntariamente” às autoridades. “Não é certo que a câmara tenha sido entregue contra a vontade da família”, declarou. “A única coisa que conta para a família é a saúde de Michael”, afirmou ainda.
 
 
 
 

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