Primeiro-ministro grego garante fim de programa de assistência em 2014

Grécia assume a 1 de Janeiro a presidência rotativa da União Europeia.

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Samaras: "Em 2014 faremos uma grande parte da saída" do plano de ajuda Reuters/Thomas Peter

"Em 2014 faremos uma grande parte da saída" do plano de ajuda, disse Antonis Samaras, numa declaração televisiva ao país por ocasião do ano novo, acrescentando que "a dívida grega será oficialmente considerada viável" e que "não serão precisos novos acordos de assistência nem empréstimos".

O chefe do Governo grego espera também que 2014 seja o ano do regresso aos mercados e que a Grécia retornará à condição de "um país normal, como os outros".

O ministro das Finanças de Atenas, Yannis Stournaras, já tinha feito uma declaração similar no domingo, quando assegurou que o país não precisará de mais ajuda no fim do segundo plano de resgate financeiro, em Julho.

"Estamos a preparar o regresso aos mercados no segundo semestre de 2014" e, "segundo o organismo de gestão da dívida, proceder-se-á à emissão de obrigações a cinco anos", afirmou Yannis Stournaras, numa entrevista publicada no semanário grego Realnews e citada pela agência France Presse.

Impossibilitada, desde o início da crise da dívida soberana, em 2010, e devido ao recurso ao programa de ajuda financeira da União Europeia e Fundo Monetário Internacional, de recorrer a emissões de médio e longo prazo, a Grécia apenas tem podido emitir acções do Tesouro a curto prazo.

Na entrevista ao semanário grego, Stournaras sublinhou, contudo, que o retorno aos mercados apenas será possível se a Grécia conseguir obter um excedente orçamental primário (excluindo o serviço da dívida) e regressar ao crescimento em 2014.

Ao longo dos dois planos de resgate, a Grécia beneficiou do empréstimo de 240 mil milhões de euros da União Europeia e Fundo Monetário Internacional, em troca de medidas severas de austeridade que desde 2010 têm provocado profundas alterações no quotidiano dos gregos.

A Grécia, que assume a presidência rotativa da União Europeia no próximo semestre, espera quebrar em 2014 seis anos consecutivos de recessão e fechar o ano em curso com um excedente orçamental primário de mais de 800 milhões de euros.