Seguro quer contratos de legislatura entre Governo e universidades
Depois de reunir com as associações académicas e com os reitores, Seguro considera que existe "uma violação do princípio da autonomia universitária".
António José Seguro falava aos jornalistas no final de uma reunião com o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, encontro que durou cerca de hora e meia.
Ladeado pela vice-presidente da bancada socialista Odete João e por Susana Amador, membro do Secretariado Nacional do PS, Seguro manifestou a sua "preocupação" com a actual situação do Ensino Superior em Portugal.
"Já todos tínhamos percebido que a educação não é prioridade para este Governo e que tem havido um retrocesso em relação ao investimento que governos anteriores têm feito na área da educação. As universidades portuguesas vivem sob uma tutela que contraria o princípio da autonomia, vivendo quase por via de mesadas. Isto não pode ser assim", declarou o secretário-geral do PS.
O líder socialista contrapôs que as instituições de Ensino Superior têm de possuir "estabilidade" ao nível do financiamento.
"As universidades merecem ser tratadas com outro respeito e com outra dignidade. É inaceitável que as universidades tenham de viver às mesadas para programarem as suas atividades, a formação e a investigação", acentuou o secretário-geral do PS.
António José Seguro considerou que se está a assistir a "uma violação do princípio da autonomia universitária".
"As universidades não sabem no mês seguinte o que vão fazer à sua vida. É necessário que haja um contrato de confiança. Defendo que, para futuro, deve haver um contrato para vários anos entre o Governo e as universidades. Num período de uma legislatura, as universidades devem saber qual a sua dotação orçamental", acrescentou o líder do PS.