Alargadas buscas para encontrar cinco jovens desaparecidos no Meco

Do grupo de sete jovens, um conseguiu sair do mar e dar o alerta e um corpo foi resgatado. Buscas marítimas foram retomadas esta manhã numa zona mais alargada. De noite mantiveram-se os meios terrestres.

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As equipas a olhar para as ondas na praia do Moinho de Baixo Miguel Manso
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O vereador da Protecção Civil na Câmara de Sesimbra explicou ao PÚBLICO que durante a noite manteve-se o patrulhamento em terra e que de manhã retomaram-se as manobras no mar, que vão agora desde a zona da Lagoa de Albufeira até à Praia dos Lagosteiros, que fica já próxima do Cabo Espichel.

Segundo disse Francisco Luís, para já contam com os mesmos quatro meios náuticos de domingo e o helicóptero da Força Aérea não está a ser utilizado “por não ser muito útil nesta fase, mas assim que necessário voltará a ser chamado”.

O responsável da Câmara de Sesimbra adiantou que no local continuam montadas tendas onde alguns dos familiares optaram por passar a noite. Esta manhã juntaram-se mais alguns familiares. “Estamos a fazer os possíveis para mantê-los com o mínimo de conforto e a servir algumas refeições enquanto aguardam”, disse, acrescentando que apesar de ser tudo imprevisível, como o estado do mar se tem mantido, a experiência aponta para que os corpos se estejam a dirigir para sul.

Até ao momento não houve mais nenhum sinal dos cinco jovens que continuam desaparecidos, depois de ainda na madrugada de sábado para domingo as equipas de salvamento terem resgatado já sem vida um sexto jovem do grupo de sete pessoas.

Os jovens, todos estudantes da Universidade Lusófona com idades entre os 21 e os 25 anos, desapareceram na madrugada de sábado para domingo na praia do Moinho de Baixo, na localidade de Alfarim, no Meco. Os jovens estavam alojados numa casa alugada na aldeia de Alfarim, que fica a uns dois quilómetros da praia do Meco, e decidiram ir até à praia depois do jantar quanto terão sido surpreendidos por uma onda de mais de quatro metros.

O alerta foi dado pelo único que conseguiu sair do mar e que contactou o Instituto Nacional de Emergência Médica e que depois de ter tido alta do Hospital Garcia de Orta, em Almada, conseguiu ajudar a dar dados dos restantes colegas para ser possível chegar aos familiares, explicou o comandante Carlos Manuel Lopes da Costa, capitão do Porto de Setúbal, da Autoridade Marítima Nacional, que está à frente das operações de resgate.

Entretanto, num comunicado, a Universidade Lusófona, já veio “manifestar o seu pesar pelos trágicos acontecimentos”, anunciando a declaração de três dias de luto à comunidade académica e solicitando a todos “o maior recolhimento, introspecção e avaliação” da situação.
 

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