A Noruega vai digitalizar todos os seus livros e disponibilizá-los gratuitamente
Todo o acervo da Biblioteca Nacional daquele país vai estar acessível de forma livre.
Na Noruega, pelo menos, esse cenário não é qualquer coisa de distante. É que, ali, a Biblioteca Nacional está a ser digitalizada na íntegra, com processamento de texto incluído, para que possa ser facilmente alvo de pesquisa na rede, como é possível verificar no sítio da internet da instituição.
É verdade que a Finlândia e o Reino Unido já tinham desencadeado algo de semelhante, como recordava há dias o The Huffington Post, e o Google, por seu lado, tem digitalizado o acervo de bibliotecas e outras instituições em vários países, incluíndo em Portugal, onde começou, em 2008, por digitalizar e disponibilizar livros da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra.
Mas a Noruega foi mais longe, ao assinar acordos com várias editoras, permitindo a qualquer pessoa com um endereço IP norueguês aceder a material protegido por direitos de autor. O material isento de direitos de autor estará à disposição de qualquer utilizador da Internet.
Os responsáveis por esta tarefa gigantesca acreditam que vai demorar entre 20 a 30 anos a ficar concluída. As primeiras linhas de trabalho começaram a ser definidas em 2006, pelo que até 2020 a Biblioteca Nacional da Noruega deverá ter digitalizado todo o seu acervo e disponibilizado gratuitamente o seu conteúdo a qualquer cidadão que esteja no território. Diga-se que por lei todos os livros publicados no país, e outras formas de media, têm de ter uma cópia na instituição.
O extenso acervo abarca desde livros da Idade Média até livros, jornais e filmes recentes, que poderão ser consultados e visionados a partir de qualquer computador na Noruega, de forma livre e totalmente gratuita.
Para já, e até 2012, foram digitalizados 350 mil jornais, 235 mil livros e 240 mil páginas de manuscritos, o mesmo sucedendo com outras formas de media, como programas de rádio ou televisão. Resta dizer que a completa digitalização da Biblioteca Nacional da Noruega não representará a morte da colecção física, que se manterá intacta.