Movimento que nasceu no Facebook organiza-se para boicotar prova de professores
Grupo não revela estratégias de boicote, para não dar armas ao Ministério da Educação.
“Não vamos dizer onde estaremos nem quais as formas de boicote, que podem até ser diferentes de uma escola para a outra, porque isso seria dar armas ao adversário, que é o Ministério da Educação e Ciência” (MEC), justificou o docente, que pertence ao conselho geral de um dos sindicatos da Fenprof, mas foi eleito, frisa, “numa lista alternativa”.
Na quinta-feira, na véspera do fim do prazo para a divulgação das escolas onde os cerca 13.500 professores inscritos têm se se apresentar, houve reuniões em 14 cidades do país, para definir estratégias, disse André Pestana, que frisou que o ministro da Educação, Nuno Crato, “tem “razões para estar preocupado”.
Em declarações à Lusa, recentemente, o ministro lamentou a existência de apelos ao boicote. “Os professores que se inscreveram têm o direito a fazer a prova e eu espero que o bom senso prevaleça em todos os locais e que a prova se realize com toda a tranquilidade necessária", frisou.
A Federação Nacional de Professores (Fenprof) e outros sindicatos de professores convocaram uma greve a todos os serviços relacionados com a prova, Segundo a lei em vigor, a prova destina-se a todos os professores sem vínculo à função pública.
Na sequência de um acordo com a UGT, no entanto, o MEC decidiu dispensar professores com mais de cinco anos de serviço. Segundo a Lusa, esse entendimento foi esta sexta-feira contestado pelo Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE), que apresentou duas queixas contra o MEC, ao Provedor de Justiça e à Organização Internacional do Trabalho (OIT) alegando a violação da lei negocial e a "discriminação do sindicalismo independente".