“Eu gostaria de pedir dois descontos de tempo durante os jogos, para que os jogadores se possam hidratar”, afirmou o seleccionador transalpino, numa conferência de imprensa, em Roma. A FIGC vai fazer esta proposta na quinta-feira à FIFA, na localidade brasileira de Costa do Sauípe, na Baía, local do sorteio dos grupos do Mundial 2014, na sexta-feira.

“Há dois grandes problemas no Brasil, que são os mesmos que já experimentámos durante a Taça das Confederações, em Junho último: o calor e a humidade, que, em algumas cidades, são preocupantes. Se querem dar um espectáculo ao mundo, devem dar aos jogadores a possibilidade de estar à altura para dar esse espectáculo”, acrescentou Prandelli.

Se isso não acontecer, segundo o técnico, os jogadores vão aproveitar todas as paragens do jogo, nos cantos e nas faltas, para beber, pelo que Prandelli disse preferir “parar dois minutos” por cada parte, para permitir aos jogadores que se hidratem em condições.

O seleccionador italiano assegura que não serão esses dois minutos “que vão fazer perder a concentração” dos jogadores, ao contrário do que pode acontecer com a “questão séria” da falta de água.

Questionado sobre a eventual receptividade por parte das outras 31 selecções presentes na fase final do Mundial 2014, Prandelli respondeu que “pelo menos aquelas que jogaram a Taça das Confederações, em Junho, deveriam querer”. “Durante essa competição, oito jogadores dos 11 em campo pediram-me para sair, o que é muito”, frisou.