Robô chinês já está a caminho da Lua

Chama-se Coelho de Jade e partiu juntamente com a nave lunar Chang’e-3. Se a missão tiver sucesso, a China será a terceira nação a pôr um rover na Lua.

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O robô vai chegar à Lua em meados de Dezembro AFP

“A nave já entrou na órbita correcta”, disse Zhang Zhenzhong, director da base espacial, à agência noticiosa Xinhua, citada pela AFP. “Anuncio agora o sucesso do lançamento”, acrescentou. “Vamos empenhar-nos pelo nosso sonho espacial como parte do sonho nacional chinês de rejuvenescimento.”

O tom épico coaduna-se com a agenda da China para o espaço, que quer estabelecer uma estação espacial permanente em 2020 e, depois desta data, ambiciona pôr um chinês na Lua. A Chang’e-3 é a terceira nave chinesa lunar. As duas Chang’es anteriores, lançadas respectivamente em 2007 e 2010, puseram sondas a orbitar a Lua para estudar a geografia deste satélite natural. A Chang’e-3 vai mais longe, levando consigo um módulo de alunagem e um robô que vai analisar a superfície lunar e a sua mineralogia.

O robô chama-se Yutu, em mandarim, ou Coelho de Jade, que, na mitologia chinesa, é o animal de estimação da deusa chinesa da Lua chamada Chang’e. O Coelho de Jade pesa 120 quilogramas e pode fazer subidas com uma inclinação de 30 graus.

Se a viagem correr bem, o módulo vai alunar no Hemisfério Norte da Lua, mais precisamente na região Sinus Iridium (Baía dos Arcos-Íris). Esta região é uma planície vulcânica com poucas irregularidades, e é parte da região geográfica chamada Mare Imbrium.

O rover pode caminhar 200 metros por hora e tem um radar que vai analisar o interior do satélite terrestre. O Coelho de Jade será alimentado a energia solar, graças aos painéis que leva. Mas, de acordo com a BBC News, há quem diga que também leva aquecedores de radioisótopos com plutónio-238 para manter o robô quente durante a fria noite lunar.

A China é o terceiro país a enviar um robô para a Lua. Primeiro, a União Soviética, e depois os Estados Unidos, cumpriram este objectivo há mais de 40 anos. A missão chinesa é mais uma demonstração do poder tecnológico da China.
 
 
 
 

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