Homem barricado no Pinhal Novo mantém refém militar da GNR que baleou
Indivíduo entrou transtornado num restaurante, onde recebeu a tiro a GNR e detonou explosivo que fez pelo menos mais três feridos ligeiros. Estado de saúde do militar baleado suscita grande preocupação.
A equipa de negociadores mobilizada para o local já conseguiu contactar telefonicamente com o homem barricado, mas, segundo o responsável pelas relações públicas da GNR de Setúbal, o tenente-coronel Jorge Goulão, ainda não conseguiu convencê-lo a render-se nem a permitir o auxílio ao militar baleado.
Desconhecem-se os motivos que levaram o homem, com sotaque estrangeiro e munido de arma de fogo - e, presume-se, de pelo menos uma granada - a dirigir-se, por volta das 22h, ao restaurante O Refúgio, na Rua Eça de Queirós, numa altura em que o estabelecimento estava a laborar. O indivíduo em causa mostrava-se alterado, o que levou os clientes do restaurante a darem o alerta para a situação, telefonando para o 112.
A Lusa adiantou entretanto que a mesma fonte das relações públicas da GNR de Setúbal afirmou que o suspeito já está identificado, tratando-se de um cidadão de um país da Europa de Leste, mas escusou-se a avançar mais informações, indicando também que se desconhecem ainda as motivações dos actos do indivíduo em questão.
Um dos militares da primeira patrulha que chegou ao local foi baleado e os clientes terão abandonado de imediato o restaurante, o que terá levado o indivíduo a atirar um engenho explosivo para o exterior, provocando ferimentos ligeiros a pelo menos outro militar e a dois civis, que, segundo a Lusa, foram transportados para o Hospital de São Bernardo, em Setúbal.
Forças de intervenção rápida e atiradores de elite da GNR fazem também parte do forte dispositivo policial montado nesta rua, que foi vedada ao trânsito, com algumas habitações se serem evacuadas por precaução.