Abatido homem barricado no Pinhal Novo, militar da GNR que estava refém também morreu

Grupo táctico da GNR forçou entrada no restaurante e abateu o barricado numa troca de tiros. Militar que o indivíduo baleara e ficara no interior do estabelecimento já estava morto.

Permanecem ainda por esclarecer os motivos que levaram um indivíduo de nacionalidade moldava a dirigir-se ao restaurante O Refúgio, da Rua Eça de Queirós, no Pinhal Novo, para aí consumir e depois exibir uma arma, visivelmente transtornado. Alguns clientes presentes pediram auxílio, telefonando para o 112.

Um jovem militar do Pinhal Novo, que segundo a SIC Notícias estava há quatro anos na GNR, fazia parte da primeira patrulha a chegar ao local e foi baleado, segundo algumas fontes, no rosto. Com os clientes em fuga do restaurante, o cidadão moldavo fez detonar um engenho explosivo que provocou ferimentos ligeiros a pelo menos quatro pessoas, entre civis e militares da GNR.

A equipa de negociadores mobilizada para o local não conseguiu convencer o barricado a render-se nem a permitir o auxílio ao militar baleado. "O indíviduo recusava-se a negociar", explicou o tenente-coronel Jorge Goulão. Ainda de acordo com a SIC Notícias, a GNR chegou a levar ao local um antigo colega do barricado, que com ele trabalhou na construção civil, para o tentar convencer, comunicando por megafone, a render-se ou a permitir pelo menos o auxílio ao militar baleado, mas sem sucesso. O cidadão moldavo terá chegado a dizer que preferia morrer a sair.

Ao longo do cerco de quase sete horas, o tenente-coronel Jorge Goulão foi revelando que o "nível de ansiedade" do indivíduo era mais um factor de preocupação para as forças de segurança.

Da troca de tiros ocorrida, a força táctica da GNR decidiu invadir o restaurante e o homem foi abatido. O balanço final é de seis feridos, entre eles quatro militares. José Goulão referiu ainda a morte de um cão-polícia e ferimentos num outro.
 

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