Sonaecom realiza AG para poder prosseguir com OPA sobre minoritários

Operação que avalia 24% da Sonaecom em 216 milhões de euros terá como consequência retirada de bolsa da Sonaecom.

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A reunião de accionistas da Sonaecom (proprietária do PÚBLICO), convocada para a Maia, tem como ponto único “deliberar reduzir o actual capital social no montante correspondente ao produto do número de acções da sociedade adquiridas no âmbito da Oferta Pública de Aquisição Parcial e Voluntária de Acções Próprias”, que atribui a cada título a importância de 2,45 euros.

A redução de capital far-se-á “por extinção das acções próprias adquiridas e redução do valor nominal das restantes acções da sociedade, com a finalidade de libertar os fundos necessários à concretização da oferta, alterando os números 1 e 2 do art. 5.º dos estatutos”, revelou a empresa na convocatória da AG, publicada no dia 30 de Outubro.

Com a extinção de acções próprias, a Sonaecom deixa de correr o risco de ultrapassar o limite legal de deter apenas 10% do seu próprio capital com a compra de acções aos minoritários. Uma vez reduzido o capital, já pode prosseguir com a oferta.

Segundo a informação enviada pela empresa ao mercado no anúncio da OPA, os 2,45 euros propostos por cada um dos mais de 37,5 milhões de títulos actualmente na mão de accionistas minoritários é “composto por entrega de acções da Zon Optimus e de um montante remanescente em dinheiro, se aplicável”.

Ou seja, dependendo do grau de aceitação da oferta, se a Sonaecom não tiver acções suficientes da Zon Optimus para entregar (detém directamente cerca de 7% do capital e votos ou 37.489.324 acções), pagará em dinheiro a quantia remanescente.

A operação, que avalia os 24,6% da Sonaecom em 216 milhões de euros, já era aguardada pelo mercado e terá como consequência a retirada de bolsa da Sonaecom. A empresa refere que o objectivo da operação é permitir a exposição directa dos seus accionistas à Zon Optimus, um "activo de referência do portefólio da Sonaecom".

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