Suécia, o país do futebol para todos
Ao contrário do que acontece, por exemplo, na Escócia, na Suécia nunca se sabe antecipadamente quem é o campeão. A federação, que ajudou a fundar a FIFA em 1904, dez anos antes da filiação de Portugal, tem um lema: “em cada aldeia futebol para todos”. Não admira assim que existam mais de três mil clubes e cerca de 300 mil praticantes, dos quais 86 mil são mulheres. O futebol feminino é a menina dos olhos, com um Campeonato da Europa no seu historial e várias medalhas de prata em mundiais. Algumas jogadoras são quase tão populares como os homens da selecção.
A Suécia entrou pela primeira vez num Mundial em 1934. Organizou o Campeonato do Mundo de 1958, de Pelé e de Garrincha, e o da Europa, em 1992. Já foi finalista e, por duas vezes, chegou ao 3.º lugar, num total de 11 participações, orgulhando-se ainda de uma medalha de ouro conquistada nos Jogos Olímpicos de 1948.
Ao nível de clubes o Malmo esteve numa final da Taça dos Campeões e o Gotemburgo surpreendeu com dois triunfos na Taça UEFA, em 1982 e 1987, mesmo com dificuldades para arranjar o dinheiro para as viagens. Começou aí a nascer a carreira internacional de Sven-Goran Eriksson, que veio a seguir para Portugal para treinar o Benfica, abrindo a porta a jogadores como Schwarz e Jonas Thern, Stromberg e Magnusson.
O FC Porto também se interessou por um guarda-redes chamado Eriksson, que acabou por ter curta passagem por Portugal. Anos antes de Ibrahimovic chegar a Barcelona já Henrik Larsson lá tinha estado, depois de fazer muitos golos pelo Celtic, e na Itália, quatro suecos anteciparam-se várias décadas à ida de "Ibra" para a Juventus, Inter e Milan. O Inter atraiu Skoglund e os campeões olímpicos Gren, Nordahl e Liedholm foram para o Milan.