Desemprego desce há nove meses consecutivos
Taxa recuou para 16,3% em Setembro, o valor mais baixo desde o mesmo mês de 2012.
Em Janeiro, a taxa registada era de 17,7%. Desde então, o desemprego tem descido ligeiramente. Os dados do Eurostat têm em conta os efeitos de sazonalidade e são baseados no número de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional, divulgados todos os meses, e as estatíticas trimestrais do INE.
Portugal está muito acima da média da União Europeia a 28 (11%) e mantém a quinta taxa mais elevada, atrás da Grécia (27,6%), Espanha (26,6%), Croácia (17,2%) e Chipre (17,1%).
O gabinete de estatísticas da Comissão Europeia refere ainda que em Setembro deste ano havia 864 mil desempregados em Portugal. Entre os jovens, a taxa manteve-se inalterada nos 36,9%, valor mais baixo desde, pelo menos, Junho, mas o sexto maior da União Europeia. O Governo reviu em alta a sua projecção para a taxa de desemprego em 2013 para 16,4%.
Há, actualmente, 26.872 milhões de desempregados no espaço europeu, 19.447 milhões dos quais na zona euro. Comparado com Agosto, o número de pessoas sem emprego aumentou em 61 mil na UE a 28 e em 60 mil entre os países da moeda única. Áustria, Alemanha e Luxemburgo são os Estados-membros com menor taxa de desemprego (4,9%, 5,2% e 5,9%, respectivamente).
Os indicadores de Setembro “confirmam que o número inaceitável de pessoas sem emprego continua a ameaçar uma recuperação robusta da economia na União Europeia”, comentou László Andor, comissário europeu para o emprego. O responsável defende que o crescimento económico sustentável na Europa não pode avançar quando há mais de 26,8 milhões de europeus a procurar, sem sucesso, emprego.
“Os dados para o desemprego jovem (5,6 milhões com menos de 25 anos) continua a ser alarmante”, observou László Andor, acrescentando que os Estados-membros da UE têm de adoptar medidas proactivas para promover o emprego.
Reagindo aos números divulgados pelo Eurostat, Pedro Mota Soares, ministro do Emprego e Segurança Social, disse que o desemprego é o “maior problema da economia e o maior drama social”. Mas sublinhou que “é positivo que, pela primeira vez em cinco anos, o desemprego desça, não só face ao mês anterior, como ao ano anterior”.
“Estes são sinais positivos que dão esperança e confiança para continuar a trabalhar para criar mais postos de trabalho, combater o desemprego, promover a contratação, que são as primeiras prioridades do Governo”, continuou, respondendo aos jornalistas na Assembleia da República.