Maria Riding Company: os designers que personalizam pranchas de surf e motas

Luís Correia e Rui Alexandre restauram e personalizam motos vintage e pranchas de surf. A inspiração vem dos anos 50 a 70, “décadas muito ricas criativa e estilisticamente”. Peças da marca só estão à venda online

Restaurar uma mota antiga ou comprar uma já alterada pode custar entre os oito mil e os 30 mil eurosLuís Correia
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Restaurar uma mota antiga ou comprar uma já alterada pode custar entre os oito mil e os 30 mil eurosLuís Correia
Paulo Segadães
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Paulo Segadães

Cresceram no meio de motas, surf, skate e, até, “de bandas underground”. Sempre foram fascinados pelos objectos das décadas de 50, 60 e 70 do século XX e, porque querem continuar a lidar com eles, decidiram produzi-los e dar-lhes um “cunho pessoal”. A Maria Ridding Company é a marca que permite a Luís Correia e Rui Alexandre trabalhar no meio de motas e pranchas vintage.

A ideia para a “Maria” — como os dois amigos se referem à marca que criaram —, nasceu há cerca de três anos, mas só no fim de 2012 decidiram torná-la pública. Começou por ser um “hobby”, confessa ao P3 Luís, mas quando deram conta já se tinha transformado numa “brincadeira a tempo inteiro, com muito feedback positivo”.

Luís — designer e fotógrafo — não vê que a Maria Riding Company tenha um cliente-tipo bem definido. “As marcas grandes que existem hoje aborrecem um bocado algumas pessoas, por serem enfadonhas e por tentarem vender tudo a toda a gente. É provável que, por isso, as marcas mais pequenas e artesanais e menos comprometidas ganhem força e se tornem mais interessantes — não só porque são mais genuínas mas também mais definidas”, considera o também mecânico de 39 anos.

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Luís e Rui compram modelos raros que depois modificam ou restauram Luís Correia

Os dois produtos mais fortes da “Maria” são as pranchas de surf e as motas. As primeiras são desenvolvidas por dois “shapers” que trabalham com Luís e Rui (designer, ilustrador e músico de 41 anos). São “modelos especiais, com formato e conceito próprios”, assegura. Totalmente feitas em Portugal, as pranchas com a assinatura desta marca custam à volta de 650 euros.

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As pranchas da Maria são desenvolvidas por dois shapers portugueses e custam à volta de 650 euros Luís Correia

Já quanto às motas, os dois amigos compram em Portugal, ou importam da Alemanha e de França, modelos raros que depois restauram ou modificam. “Ou o fazemos por nossa conta ou aceitamos encomendas”, explica. Há quem tenha motas antigas a precisar de restauro que escolhe como as quer personalizar e deixe tudo nas mãos da “Maria”. Este trabalho, da Maria Motorcycles, pode ter um custo entre os oito mil e os 30 mil euros.

Os produtos da Maria Riding Company apenas estão à venda na página oficial da marca onde, a partir da loja online, vendem para todo o mundo. “Temos estado a fazer (e vamos continuar) uma grande aposta no mercado internacional. Para nós não faz qualquer sentido olhar apenas para Portugal”, refere. Nos planos de Luís e Rui está a criação de linhas de bicicletas e de skate com o carimbo “Maria”, para juntar às t-shirts, com desenhos próprios, e aos sacos de surf personalizados.

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