EUA apoiam direito das mulheres sauditas a conduzir

Vídeo humorístico No Woman, no Drive foi visto milhões de vezes.

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O vídeo de Hisham Fageeh, "No Woman, no Drive" AFP/YouTube

“Apoiamos o direito das mulheres em todo o mundo de decidir sobre a sua vida e o seu futuro como entenderem, a acederem aos serviços públicos e a não sofrerem discriminações”, argumentou Psaki, interrogada pelos jornalistas na conferência de imprensa diária sobre uma campanha saudita que incitou a que todas as mulheres daquele país pegassem no volante no dia 26 de Outubro — ainda que o apelo tenha sido retirado no último momento, para evitar confrontos com as autoridades

“Fizemos saber das nossas inquietude em matéria dos direitos humanos ao Governo saudita; logo, evidentemente, apoiamos a possibilidade de [as mulheres] conduzirem”, afirmou a porta-voz do Departamento de Estado.

A campanha fez uso de outros meios, como um vídeo do humorista saudita Hisham Fageeh, que é uma paródia da célebre música de Bob Marley No Woman, no cry em versão adaptada, No Woman, no Drive. Faz pouco da proibição das mulheres sauditas conduzirem, cantando sem instrumentos.

"Lembro-me de quando tu te sentavas no carro, mas atrás/ Com os ovários de boa saúde e em segurança/ Assim, podias fazer muitos filhos", canta Fageeh, em referência à justificação avançada por um ministro saudita para a proibição — conduzir faz mal aos ovários.

Em 48 horas, este vídeo já foi visto mais de 3,5 milhões de vezes no YouTube.

A Arábia Saudita aplica uma interpretação ultraconservadora da lei islâmica e é o único país onde as mulheres não têm o direito de conduzir. Precisam também de uma autorização do seu tutor — pai, irmão, marido ou outro familiar — para viajar, trabalhar ou casar.

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