Ponte de Leixões só reabre daqui a “um ou dois meses”
É preciso trocar uma rótula, peça rara que talvez tenha de ser fabricada de propósito. Mesmo que se arrange uma peça provisória, a sua montagem será complexa e morosa.
Contudo, e dado o muito limitado número de pontes móveis deste tipo, a peça não está disponível no mercado, pelo que terá que ser propositadamente fabricada. A APDL está “a estudar se há disponibilidade de alguma unidade que possa ser adquirida com carácter de urgência”, admitindo que exista uma rótula semelhante nos EUA, que não obedece a “todos os certificados” impostos, mas poderá “permitir uma operacionalização mais rápida da ponte, enquanto se espera pela solução definitiva”.
Mas, mesmo assim, Brogueira Dias adverte que “nunca se conseguirá pôr a ponte — a quarta maior ponte basculante do mundo — operacional em menos de um ou dois meses”. É que a peça em questão poderá chegar dos EUA “dentro de oito a 15 dias”, mas a sua colocação implica um “processo muito complexo e demorado”.
A ponte entre Matosinhos e Leça da Palmeira foi construída em 2007, em substituição da anterior, com um custo de 12,8 milhões de euros comparticipados em 45% por fundos europeus. Avariou-se após a elevação do tabuleiro para permitir a passagem de um navio. “Quando se fechou de novo a ponte, esta não fechou integralmente do lado de Leça e bloqueou a 10 graus do fecho completo”, explicou o presidente da APDL. Optou-se então pela abertura total da ponte para, pelo menos, permitir o acesso de navios ao porto.
Entretanto, a APDL assegura, 24 horas por dia, o transporte gratuito de passageiros por autocarro, entre Matosinhos e Leça, através da ponte da A28, onde decorrem obras de repavimentação.