Líder da extrema-direita francesa exige demissão de Hollande devido a "caso Leonarda"

Marine Le Pen não é a favor do regresso da menor de etnia cigana, é contra a política ziguezague do Presidente.

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Marine Le Pen espera o melhor resultado de sempre nas eleições locais de Março AFP

"O primeiro a demitir-se não deve ser Manuel Valls [ministro do Interior]. É evidentemente o Presidente da República que humilhou a França de tal maneira que deixou de ter qualquer autoridade", disse Le Pen à estação de rádio France 2.

A família de Leonarda - a mãe e cinco irmãos (um deles nascido em França) - foi repatriada para o Kosovo no dia 9 de Outubro. O episódio da detenção da rapariga motivou a abertura de um inquérito administrativo sobre o processo de repatriamento que concluiu que a legislação foi seguida e, se houve erro, foi apenas de bom senso no momento da detenção de Leonarda - a polícia foi buscá-la quando participava numa excursão com os colegas da escola que frequentava.

A expulsão foi contestada, sobretudo de Paris, pelos estudantes do ensino secundário que encerraram 14 escolas e marcharam nas ruas. Hollande decidiu então autorizar Leonarda a regressar para terminar os estudos, mas não alargou o convite ao resto da família.

“Vimos perfeitamente a fraqueza desta personagem [Hollande] que, pressionado por alguns estudantes de esquerda, decidiu violar não apenas as decisões administrativas, mas também a lei", disse Marine Le Pen.

A Frente Nacional manteve um silêncio prudente durante todo o episódio que foi condenado pela esquerda, com Le Pen a optar por criticar directamente o Presidente e não a política de repatriamento de imigrantes ilegais - a posição da extrema-direita sobre esta matéria é clara e defende as expulsões. A maioria dos franceses, de acordo com as sondagens, também, e Marine Le Pen quer que este caso seja mais um dado a seu favor nas eleições locais de Março, em que a Frente Nacional prevê os seus melhores resultados de sempre.
 
 
 

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