Italianos querem Nobel da Paz para ilha de Lampedusa

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A primeira visita do Papa Francisco foi a Lampedusa AFP

No mês passado, o Papa Francisco escolheu Lampedusa para fazer a primeira visita do seu pontificado, e agradeceu à população da ilha a solidariedade que tem dado aos imigrantes. Poucas semanas depois da visita do chefe da Igreja Católica, morreram mais de 200 pessoas no naufrágio de uma embarcação — a operação de resgate dos corpos ainda decorre.

O vice-primeiro-ministro italiano, Angelino Alfano, disse que a União Europeia deveria apoiar a candidatura de Lampedusa, mostrando estar envolvida na resolução do problema da imigração ilegal e dos imigrantes que chegam a território europeu, seja entrando na Itália ou noutro país.

"O que aconteceu vai acontecer mais vezes, não há motivo para duvidarmos de que será assim", disse Alfano, referindo-se ao naufrágio da embarcação que levava sobretudo pessoas da Eritreia e da Somália. À luz da lei, apenas os que morreram poderão permanecer no espaço europeu; os outros terão que regressar aos seus países e, além disso, está previsto que paguem multas por imigração ilegal.

Nos últimos dias, a sociedade civil e os políticos têm-se mobilizado para recolher assinaturas que possam ainda pressionar o Comité Nobel que atribui o prémio — é anunciado na sexta-feira. Para o jornal L’Espresso foram enviadas mais de 20 mil assinaturas.

A lista de finalistas do prémio nunca é revelada (sabe-se que a geral tinha, este ano, 259 candidaturas). Mas a imprensa internacional tem avançado que no topo está Malala Yousafzai, a rapariga paquistanesa que luta pelo direito das mulheres à educação e que foi atacada pelos taliban.

Mas também se fala de Bradley Manning, o ex-analista informático do exército dos Estados Unidos que passou informações sobre operações militares americanas à Wikileaks. Segundo a comissão que apoia este soldado condenado a 35 anos de prisão, as fugas de informação permitiram saber-se que foram cometidas muitas violações dos direitos humanos e contribuíram para a retirada das tropas norte-americanas do Iraque.

Menos conhecido, mas também um candidato de importância, é o ginecologista Denis Mukwege. Este médico congolês viu-se obrigado a fugir da República Democrática do Congo no final de 2012, por ter ajudado mulheres violadas e perseguidas no seu país.

 

 

 

 
 

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